Crítica: Dark

Dark, a nova série da Netflix, que entrou no catálogo no dia 1/12, foi vendida no mundo todo como “A Stranger Things da Alemanha”, porque ambas as séries fazem referência aos anos 80 e tratam de desaparecimentos misteriosos de crianças.

A história se passa em uma cidadezinha da Alemanha, onde um adolescente desapareceu sem deixar qualquer rastro. A policia está tentando desvendar o caso e a população está assustada, quando outro menino, Mikkel Nielsen desaparece, enquanto ele e alguns adolescentes corriam pela floresta.

O pai de Mikkel, Urich, já passou por isso antes: A 33 anos atrás, seu irmão mais novo, desapareceu da mesma maneira.

Imagem relacionada

A comparação com Stranger Things é quase lógica, mas a própria Stranger Things bebe em fontes mais antigas: A cidade pequena, cheia de mistérios, que entrelaçam acontecimentos do passado e do presente são quase um clássico dos livros de Stephen King, especialmente A Coisa, que ganhou uma adaptação para o cinema esse ano.

A diferença entre a série dos Irmãos Duffer (e os livros de King) e Dark é que a segunda se passa em uma cidadezinha européia, e por isso, o ritmo da narrativa é completamente diferente. Enquanto a Americana entrega aos telespectadores várias piadas e personagens adoráveis, Dark não está muito preocupada nem em fazer humor, nem que seus personagens se tornem favoritos do público, mesmo porque essa é uma ação que se torna cada vez mais difícil conforme vamos descobrindo os segredos de cada morador e como manda a tradição das cidades pequenas da ficção, todo mundo tem algo a esconder.

Enquanto assistimos aos 10 episódios que compõem a primeira temporada, mudamos de suspeito a cada segundo.

A trama de Dark também é um pouco mais sinistra do que a sinopse e o trailer, a principio revelam e como diz o título da série, ela é sombria, tanto na história, quanto nos figurinos, na fotografia e na chuva constante que permeia quase todos os episódios, mas a série também não dá respostas fáceis e procura significados mais profundos para tudo que acontece.

Imagem relacionada

Por ser uma série Alemã, os cortes são mais longos, o que da a impressão de que a série é parada, mas não é caso, o roteiro é repleto de reviravoltas e descobertas.

A história intercala o presente e o passado durante muitos momentos e nós vemos, muitas vezes, os mesmos personagens nos dois tempos, isso pode ficar um pouco confuso no primeiro momento, mas a montagem usa de um ótimo artifício que logo esclarece quem é quem: a tela é dividida em dois, e nós vemos o personagem nas duas fases da série.

A série começa muito bem, cheia de mistério e com muita coisa sinistra para descobrir, eu acho que no meio da temporada, ela se torna um pouco confusa, talvez em função das idas e vindas no tempo ou porque ela trata de um tema que não é tão fácil de explicar, mas mesmo nesses momentos, ela ainda prende a atenção, inclusive, eu diria que prende até mais, já que o telespectador tem que prestar o dobro de atenção para não se perder. Dark não é tão divertida quanto Stranger Things, talvez você não ria enquanto assista e provavelmente não vai torcer para nenhum casal, mas duvido que você consiga parar de assistir antes de descobrir pelo menos alguns dos mistérios da série. A única coisa que eu recomendo é que você preste muita atenção em cada detalha da série.

Resultado de imagem para dark netflix

Embora a série trate de temas sobrenaturais, a idéia de que o ser humano pode ser pior que qualquer coisa não humana acompanha os episódios da série.

A Netflix ainda não confirmou uma segunda temporada, mas eu espero que logo tenhamos mais notícias dessa cidadezinha na Alemanha, porque parece que ela tem muito mais segredos e mistérios dos que os que foram já revelados.

[c5ab_review c5_helper_title=”” c5_title=”” ]
Etiquetas

Deixe um comentário

Botão Voltar ao topo
Fechar