Sons tenebrosos em Quando as Luzes se Apagam

Quando as Luzes se Apagam poderia ser uma metáfora sobre uma mulher com depressão que perde a luta contra a doença, mas é só um terror barato que serviu prontamente para estrear meu querido David F. Sandberg em Hollywood, já que este longa é uma reinterpretação do curta que o diretor realizou em 2013 (excelente, se ainda não viu, veja aqui), um sucesso viral que chamou a atenção de James Wan, que apadrinhou o cara a estender a ideia para um plot maior.

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Dito e feito, Sandberg e seus roteiristas inventaram uma história familiar, onde a entidade Diana está presa a uma mãe de família depressiva e dependente de remédios para que possa continuar assombrando e matando todos que querem distanciá-las. O elenco cumpre bem seu papel, mas é Teresa Palmer quem, mais uma vez, carrega o filme nas costas, como faz em toda produção que participa. O moleque Gabriel Bateman, curiosamente irmão caçula da protagonista de Annabelle 2 (também do mesmo diretor), tem talento pro terror e não fica avulso em meio a tanto sustos no jogo de sombras e luzes eficiente, mas nada impressionante.

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Ainda que a assombração consiga tirar seus sustos (o lance da silhueta realmente é efetivo e o fato dela gritar colabora também), é no design de som que Sandberg brilha, nesse seu trabalho inicial. O som ao redor, dos passos, dos objetos em close (outro ponto que ele acerta, já vindo do estilo de seus curtas) e de outras pequenezas do ambiente contribuem bastante para o crescente da tensão. No mais, a história é rasa, mas segue válida por inaugurar meu ídolo (que agora fará Shazam da DC). De qualquer forma, é um filme bem curtinho.

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