Caça Implacável

Você já viu esse filme antes, mas ele te fisga justamente por jogar no seguro

Alguém sequestrou a esposa do Gerard Butler e agora ele vai fazer de tudo para encontrá-la. Basicamente, essa é a sinopse de Caça Implacável, o filme dirigido por Brian Goodman (que realizou outros suspenses de ação desse tipo ao longo da carreira). Não inova em nada o gênero, mas faz o feijão com arroz muito bem-feitinho.

O detalhe do casal (que tem a linda Jaimie Alexander) estar passando por uma crise conjugal, os sogros não irem muito com a cara dele, a situação toda ocorrer num posto de gasolina na cidade-natal dela, são apenas alguns detalhes que ajudam a estofar a narrativa com pequenos detalhes interessantes. Na outra ponta temos a figura do delegado de Russell Hornsby, que ajuda a mostrar a perspectiva da lei, enquanto o protagonista vai assumindo as rédeas do caso à sua maneira.

O mais interessante do roteiro é o tratamento realista e crível das situações e comportamentos. Com exceção do clímax, que envolve uma invasão à lá Rambo (do bloco do “eu contra todos”), toda a trama até ali é bastante verossímil, tanto na aflição e comportamento perdido de Butler, quanto das figuras de autoridade e suspeitos. Por outro lado, a história também não busca nenhuma grande reviravolta e a resposta por trás do sequestro é bastante simplória, porque o foco não está na motivação e sim na ação, que tem um Q de redenção, talvez, até para unir o casal novamente.

E é justamente esse sabor de ação e suspense dos anos 1980, meio ingênuo em suas resoluções, mas muito eficaz em sua execução, é que torna Caça Implacável um programa bastante honesto e certeiro dentro do que se propõe.

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