Logan

Desde 1974, o personagem Wolverine tem aparecido em inúmeros formatos de mídia e é conhecido pelo mundo todo junto a nomes como Superman, Batman e Nike. Pessoas de todas as idades conhecem os confrontos do personagem, externos e internos, assim como sua história de origem que já foi contada de diversas formas mas tenta, na maioria das vezes, manter a premissa do soldado capturado que foi exposto a uma experiência com propósitos de guerra, clichê né? Não é, Wolverine e suas características de anti-herói ranzinza cativaram fãs pelo mundo tudo e agora, 43 anos depois de muitas regenerações e garradas, o personagem membro dos X-Men ganha sua exclusividade na tela grande com o filme Logan, que assim como a homônima série em HQ, mostra um futuro onde os mutantes já não são famosos, um Charles Xavier (Patrick Stewart) debilitado e o homem de garras de adamantium tendo que encontrar dois desafios: seu passado estampado em inúmeras cicatrizes e seu futuro representado pela jovem garota que surge na trama.

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Em certo arco passado, o mutante Caliban (Stephen Merchant) com sua capacidade de rastrear seus similares foi utilizado como ferramenta para exterminar os mutantes da Terra e os poucos que restaram preferiram ficar escondidos da sociedade. Não sei lhes dizer onde entram os heróis que colocaram a tapa a cara ou até os próprios Inumanos nessa história, mas é desse passado que a história do filme nos remete até apresentar Logan, atormentado por uma sociedade caótica e por falta de paciência, onde durante todo o filme inúmeras situações corriqueiras vão surgir diante do nosso protagonista, desafiando seu controle sobre suas garras, mostrando um amadurecimento do personagem que Hugh Jackman consegue trazer com elegância e que completa-se com o sentimento nostálgico de ter acompanhado grande parte das histórias daquela figura na telona. É algo como se do começo ao fim você sentisse que aquele fosse o fim dele, como se a qualquer momento ele fosse cair no chão e dizer: chega! E se o momento estava próximo para detentor do uniforme amarelo, o destino apareceu para garantir que as coisas não fossem fáceis.

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Seguido por um passado de façanhas, como é muito bem representado pelas HQs mostradas no próprio filme e que contam as histórias lendárias dos X-Men, surge diante do andar mancado de nosso anti-herói uma garotinha precisando de ajuda. Aqui entra em cena Laura Kinney (Dafne Keen), que consegue ficar em cima do muro entre o roubar a cena e complementá-la, mesmo ficando muda durante mais da metade do filme, conseguindo provar que conseguiu despertar os trejeitos do personagem com perfeição e até sua própria evolução, uma vez que ela também faz parte de um projeto baseado no DNA de Logan, batizada de X-23 e que acaba se tornando uma criança com gostos, sentimentos e principalmente, uma família.

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Essa representação ocorre em diversas cenas e vai agindo de maneira triplamente emotiva, a garota que está descobrindo o mundo, um Logan que está encontrando uma filha e você que está acompanhando essa aproximação quase que animalesca entre o ontem e o hoje, situação que pode se complicar se você for assistir o filme esperando as porradarias e espetadas clássicas do personagem, presentes claro, mas não com tanta ênfase quanto o visto em outros filmes. Não espere ver heróis uniformizados com super-poderes, até os próprios amigos da garota, também crianças que passaram por experimentos e receberam super poderes, não ganham destaque e não demostram suas habilidades como o esperado. Algumas dúvidas vão ficar pairando no ar e quando você pensar que está quase chegando a uma explicação vai surgir uma cópia do Wolverine com cabelo raspado no maior estilo Exterminador do Futuro cortando tudo o que vai fazer você relaxar e pensar: ah deixa vai…

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Enquanto uma caixa da água é capaz de suportar os poderes de destruição em massa da mente de Charles, somos convidados a transitar por ambientes desérticos e escuros que preenchem o cenário necessário para ambientar Logan, onde a maquiagem de Caliban dá credibilidade a mutagenia do filme e ajuda a mostrar a agressividade e preconceito do mundo com os mutantes. Patrick fez uma dieta rigorosa para o filme o que dá a Charles um ar de hora extra na vida, acompanhada da trilha sonora de Johnny Cash que dá um ar de bem, se você já ouviu já sabe né. Mesmo não possuindo as clássicas cenas pós-créditos, nosso ex-X-Men (wow!) vai mostrar que tem garra (tá, parei!) para enfrentar seus desafios até o último minuto e deixa algo muito mais valioso do que medalhas de combate: esperança.

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7 Comentários

  1. Obrigado pelo comentário, realmente uma sensação completamente diferente dos outros filmes, espero encontrar mais surpresas como essa nos próximos lançamentos.

  2. Acho que as duas melhores coisas do filme são a quebra de clichés dos filmes de super heróis e a veia dramática que o filme mantém até o final… Filme incrível… Ótima crítica de vcs 😉

  3. Acho que as duas melhores coisas do filme são a quebra de clichés dos filmes de super heróis e a veia dramática que o filme mantém até o final… Filme incrível… Ótima crítica de vcs 😉

  4. Obrigado pelo comentário, realmente uma sensação completamente diferente dos outros filmes, espero encontrar mais surpresas como essa nos próximos lançamentos.

  5. Obrigado pelo comentário, realmente uma sensação completamente diferente dos outros filmes, espero encontrar mais surpresas como essa nos próximos lançamentos.

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