Virtual Revolution, prepare seu avatar para sair da realidade

Filmes de ficção científica sempre fomentam temas e perguntas nos espectadores, elementos importantes e que muitas vezes nos surpreendem. Quantos elementos tecnológicos foram apresentados em livros e futuramente em filmes, para que na sequência passarem a compor o nosso dia a dia? Para a grande maioria o significado de evolução tecnológica, para outros, um sinal de preocupação com os novos problemas que começam a surgir, sendo o ponto central, o afastamento da realidade e a vivência no mundo virtual. Virtual Revolution é um filme que trata esse e outros temas similares, sinalizando um direcionamento cultural enquanto preenche as cenas com ambientes futurísticos em seus efeitos muitas vezes simplórios, tentando trazer o espectador para o conflito de ideias e interesses que o protagonista passa, intencionalmente confusas.

Em uma Paris do ano 2047, a maior parte da população vive como um Conectado, nome dado aqueles que passam o tempo todo dentro de um ambiente virtual. Nesse ambiente, elementos já conhecidos de jogos são inseridos, oferecendo combates, evoluções atributos, itens e interações sociais em um cenário real, recurso que será utilizado no filme para transitar entre a realidade e o virtual, que munido apenas da diferenciação dos elementos visuais, oferece uma curiosidade complexidade em companhia de Nash (Mike Dopud), nosso detetive protagonista que terá que encontrar o responsável pelas mortes que começaram a ocorrer no mundo virtual e que estão afetando as pessoas na vida real. Uma trama já manjada, mas em um período onde a coisa começa a fazer bem mais sentido.

Nash é danadão, enquanto dispara em terroristas envolvidos com as mortes, relaxa no ambiente virtual com sua namoradinha com um olhar meio vago, o filme ao invés de se enveredar pela linha do romance aventura preferiu puxar para o lado do suspense e do drama, a questão central da película é desenvolver a seguinte pergunta: o que é liberdade?

Pelas mãos de Guy-Roger Duvert, responsável por filmes como Blade Runner, Jogador Número Um e Surrougates, é possível observar inúmeras relações, mas também é possível sentir a narrativa singular e o estilo de Duvert estampados no longa, oferecendo aquela sensação de anseio pelo o que virá em seguida.

Virtual Revolution

Em uma época onde as pessoas não vêem a hora de sentar na cadeira e ser quem bem entender, Virtual Revolution parece mais uma definição de livro de história do que filme, mas que tenta se aprofundar em parte da temática e consegue, levantar alguns questionamentos plausíveis.

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