Incêndios

Em um de seus primeiros filmes da carreira, Denis Villeneuve já demonstra o talento para o drama e para as reviravoltas em Incêndios. E apesar da condução exageradamente lenta durante a narrativa, o cineasta consegue usar a falta de ritmo em favor do suspense, que irá se desenrolar apenas nos minutos finais, sendo uma surpresa ao mesmo tempo catártica e arrebatadora (mas não para todos).

Concorrente do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2011, o longa mostra os gêmeos Jeanne e Simon tendo uma novidade nada agradável para lidar durante a leitura do testamento da mãe, que acaba de falecer. Nele, conta-se a forma como ela deve ser enterrada, além de três envelopes. Um deles, Simon deve entregar para seu pai, o qual eles não conhecem. Noutro, Jeanne deve entregar ao irmão perdido, do qual nunca tinham ouvido falar. Após isso, eles devem então abrir e ler o terceiro envelope.

Jeanne planeja seguir os planos passados pela mãe, indo atrás de ambos. Já Simon quer ficar no Canadá, tentar seguir a vida normalmente, como se aquele pedido nunca tivesse acontecido. Villeneuve coloca o espectador dentro de uma investigação, mostrando sempre o ponto de vista dos dois filhos, incluindo alguns flashbacks com a mãe deles, quando jovem, durante um recorte histórico, que contribui para dar peso ao enredo de Incêndios.

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