Mesmo com o envolvimento de Bruce Timm e seguindo o design das animações que consagraram a DC nas telinhas, o longa animado A Morte do Superman desaponta por falta de propósito.

Usa-se a premissa da fase clássica do azulão (a “morte” dele após a batalha contra Apocalipse pelas ruas de Metrópolis). Todo o restante se constrói a partir disso, numa história própria. Com Luthor clonando o herói pra atuar na cidade sobre seu comando, e depois o embate entre os dois super.

A Morte do Superman

A parte técnica nunca desaponta, pois tem uma animação fluída. Infelizmente, Lois é a única personagem que mantém sua essência e que funciona. Há também as homenagens às HQs (existem muitos enquadramentos no começo que são belamente tirados direto dos quadrinhos). Mas todo o restante é um desperdício sem fim. Justamente onde a novidade pra época reside no uso de sangue e mortes terríveis, mas não vai além.

Teria sido muito melhor a DC ter usado os 4 substitutos de Superman nessa adaptação, do que a pobre ideia de um clone genérico, que tem um senso de justiça distorcido e ainda leva o herói original a matar duas vezes na história (pra quem reclama do que Zack Snyder fez em O Homem de Aço, achei as escolhas aqui muito mais afrontosas). A cena do ressurrecto voando com uma pistola de kriptonita na mão é simplesmente ridícula.

Espero que a animação de 2018, com o mesmo tema, seja bem melhor, porque essa de 2007 não vale seu tempo. Eu gostaria de ter visto a outra.