Nanny – A Babá

A diretora de curtas Nikyatu Jusu, faz sua estreia em um longa com Nanny, esse interessante exercício narrativo, que conta a história de uma imigrante nigeriana tentando viver o “sonho americano”, trabalhando como babá, enquanto junta dinheiro para trazer o filho pequeno para os EUA.

Com fotografia belíssima e tomadas introspectivas que reforçam a ótima atuação de Anna Diop (que nunca teve um grande papel além da tosquice em Titãs), esse suspense psicológico quase nunca diz a que veio. A mensagem da aflição da mãe em querer ter seu filho logo contigo é clara desde os primeiros minutos, mas a história não tem substância o suficiente para sustentar a premissa e joga vários elementos a fim de embutir algum simbolismo aos seus significados, então tem cobras, sereias e aranhas aqui e ali, além de pesadelos com chuva e afogamento (esses sim mais relevantes), enquanto a protagonista lida com um date e com a família norte-americana em um escopo de drama de rotina, que vai do nada para lugar nenhum.

Mas é aquilo: todo diretor precisa de um filme de estreia para o currículo e Nikyatu Jusu ganha essa oportunidade aqui. A obra em si não tem força suficiente, porém como material de estreia, tanto na direção de atores quanto no campo estético, pode-se dizer que Nanny foi um curioso bom começo.

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