Uma Noite de Crime: A Fronteira (o quinto da franquia)
O quinto filme da saga Uma Noite de Crime não é nada fora do padrão para a série. Um dia proclamado como “a depuração” em que dentro de 24 horas nenhum crime de assassinato será punido. Cada um tem a escolha de participar ou não desta noite. Caso participe, coloca sua vida em risco.
Neste capítulo “A Fronteira” o foco do filme é a xenofobia que rola solta, muito mais que nos outros filmes. Anteriormente, os filmes da série se baseavam bastante no elemento pessoal, como “aquele dia em que vou matar meu vizinho babaca que para o carro em frente à minha garagem”.
Mesmo enredo, mesma história, só que desta vez piorada. Dylan Tucker (Josh Lucas) é um cowboy, filhinho de papai que se acha superior a todos. Juan (Tenoch Huerta), que veio foragido do México com ajuda financeira de um cartel mexicano, começa a trabalhar na fazenda do pai de Dylan, um senhor de idade que se preocupa com as pessoas e não é um idiota soberbo igual ao filho.
Uma Noite de Crime: A Fronteira
Chega a fatídica noite de crime, e a família rica se protege com grades e passa a noite tranquilamente. Juan e sua mulher Adela (Ana de la Reguera) passam perrengues ao ter que pagar valores absurdos para se protegerem no dia mais esperado pela grande maioria de americanos que deseja praticar a violência, seja por vingança ou apenas por ter o gosto por matar nas veias.
Após as 24 horas de isolamento, um novo dia. Todos acordam felizes por ter acabado. Mas desta vez é diferente! Um grupo que é totalmente contra estrangeiros e a favor da “filosofia” make america great again decide que agora o evento será eterno, até que os Estados Unidos fiquem “limpos” novamente (como todo estadunidense ufanista e xenófobo, os membros deste grupo falam “América”, mas sabemos que América é muito mais do que o reles Estados Unidos). (eu tô rindo gente, foi mal)
Com a decisão em vigor, muitos grupos continuam atacando incansavelmente quem não aceita a nova regra do expurgo eterno. Mas Juan consegue salvar a pele da família de filhinhos de papai de Dylan Tucker e, com isso, partem em uma jornada juntos.
The Forever Purge
Após o discurso do “expurgo eterno” até que a América fique limpa novamente, México e Canadá avisam que vão abrir as fronteiras por 6 horas e os estadunidenses (não americanos) que quiserem se refugiar e são contra essa violência, terão abrigo. Ora, ora, meus amigos, e eles vão para onde? Quem disse Canadá pode sair da sala! Eles vão para o México!! Os sujos, latinos, podres, são os que estão ajudando os coxinhas!
Rolou até emboscada com corda de cowboy para mostrar que os cabras são brabos demais!! E a atuação dessas pessoas é péssima, parece até que nem eles estão acreditando que tem que atuar nessa palhaçada, mas continuam firme e forte.
Lição do filme Uma Noite de Crime: A Fronteira: mostrar o quanto a xenofobia, o racismo e o machismo são absurdamente constantes ainda em tempos modernos. Ainda mais quando se coloca no poder um cheetos podre (opa! Não tô falando do Brasil não, mas se encaixa bem!), mas esse é um assunto que poderia ser abordado sem máscaras e outras histórias por cima e sim, mostrar a que veio!!!