Hollow Knight: Silksong

A ESPERA ACABOU E O DESAFIO COMEÇOU

Depois de anos de mistério, trailers enigmáticos e muita especulação, Hollow Knight: Silksong finalmente chegou. A Team Cherry trouxe Hornet como protagonista e nos jogou em Pharloom, um reino tão belo quanto hostil. Mas afinal, a espera valeu a pena?

Um mundo de tirar o fôlego

Logo de início, o que impressiona é a atmosfera. Pharloom é vivo, colorido e ao mesmo tempo carregado de melancolia. Cada área tem sua identidade própria, com detalhes visuais e sonoros que contam histórias sem precisar de uma única linha de diálogo.

A trilha sonora acompanha cada passo: ora calma e contemplativa, ora épica e tensa. É impossível não se perder no clima que o jogo cria, ainda mais quando cada cenário parece uma pintura em movimento.

Hornet e a nova dinâmica

Hornet não é apenas um “substituto” do Cavaleiro. Ela tem um estilo muito mais ágil e versátil. Seus movimentos incentivam exploração vertical, dashes criativos e uma sensação de fluidez que deixa a jogabilidade viciante.

O combate também muda de ritmo. Em vez de ser mais contido e paciente, Silksong pede agressividade. Ataques encadeados, contra-ataques e respostas rápidas tornam cada confronto intenso. É um jogo que cobra reflexos, mas também recompensa a ousadia.

Qualidade de vida

Um dos grandes pontos de crítica do primeiro jogo era a dificuldade em saber para onde ir. Aqui, a Team Cherry trouxe soluções: mapas mais claros, objetivos sutis e melhorias no sistema de progressão.

Não chega a ser um guia de mão dada, mas reduz a sensação de estar perdido por horas. É um equilíbrio interessante entre liberdade e orientação.

O preço do desafio

Se por um lado Silksong é mais ágil e acessível em termos de exploração, por outro a dificuldade sobe de cara. Inimigos causam muito dano logo nas primeiras horas, e a curva de aprendizado é mais íngreme.

É normal morrer bastante até dominar os padrões — e isso pode afastar quem prefere uma experiência menos punitiva. Além disso, alguns movimentos exigem precisão cirúrgica, e erros simples podem custar caro.

Detalhes que incomodam

Nem tudo é perfeito:

  • Pequenas falhas na tradução e localização chamam a atenção.
  • Certos saltos e comandos diagonais parecem menos precisos, o que gera frustração em partes mais tensas.
  • São detalhes que não comprometem o todo, mas destoam da excelência que o jogo entrega na maior parte do tempo.

Valeu a pena esperar?

Silksong é intenso, belo e desafiador. Ele não tenta reinventar o que já funcionava, mas refina a fórmula e dá identidade própria a Hornet.

Se você curte metroidvanias que exigem paciência, dedicação e muita habilidade, pode mergulhar sem medo. Agora, se a frustração fácil é um problema, prepare-se para momentos de raiva antes das vitórias.

No fim das contas, dá pra afirmar: a espera valeu. Silksong chega como um dos grandes lançamentos de 2025 — e promete ocupar um lugar especial na memória dos jogadores.

Lançamento: Setembro/2025

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