Crítica: Capitão América: Guerra Civil
A guerra civil nos quadrinhos da Marvel Comics foi um grande evento, que mudou tudo o que se sabia e pensava daquele universo até o momento. Amizades foram destruídas, identidades secretas foram reveladas e cicatrizes profundas foram sentidas em centenas de outras HQs, por meses e anos a fio. Agora, como adaptar uma história tão densa para um universo cinematográfico onde quase não existem identidades secretas e onde as tramas são leves e divertidas? A resposta é simples: não adaptar!
Tudo no filme Capitão América: Guerra Civil é muito diferente das HQs… ainda bem!! Talvez o único arremedo de adaptação, seja a premissa de que, ou se está com o governo ou se é um fora da lei!
De resto, sobram referencias ao próprio universo cinematográfico, com citações e lembranças de praticamente todos os filmes da franquia! De homem de Ferro á Homem Formiga! E piadas… muitas piadas! E melhor, sem aquela forçação de barra de Vingadores 2: A Era de Ultron.
Na trama, como todos estamos carecas de saber, o governo resolve intervir nos assuntos “heroicos” e o time dos vingadores divide-se entre assinar um acordo em que a ONU indicaria em que conflitos os heróis devem se intrometer e em quais eles devem ficar de fora ou não assinar e ter de agir nas sombras. Tony Stark (Robert Downey, Jr.) está dentro e Steve Rogers (Chris Evans) está fora. E depois de muita retórica e inúmeras tentativas de soluções pacíficas, os heróis caem na porrada!
Esse é o filme e isso todo mundo já sabia, o que é surpreendente, é o modo como tudo é feito. A ação é filmada de muito perto, e você sente o peso das porradas, pulos e explosões! Os novos heróis, Pantera Negra (Chadwick Boseman) e Homem Aranha (Tom Holland) são inseridos magistralmente no universo e a participação deles é extremamente importante para a trama. Todos os coadjuvantes recebem seu espaço e sabem bem o que fazer com ele, entregando personagens críveis, engraçados na medida certa e interessantes.
Mas a mágica mesmo vem na grande cena épica do aeroporto de Berlin, onde a verdadeira batalha acontece! O que poderia ser um anti-clímax (ainda tem mais de meia hora de filme pela frente!!) em que uma dezena de personagens batem uns nos outros sem muito motivo, acaba se tornando uma experiência única, em que você não sabe direito para quem torcer e de quebra, ganha duas cenas antológicas para a coleção de melhores cenas da história dos filmes de super heróis!
Se você ficou ressabiado com filmes de quadrinhos, por conta de Batman v Superman, pode tirar o bico da cara e corra para o cinema mais próximo, nem que seja para morrer de rir com o cabeça de teia!
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