Kubo e as Cordas Mágicas, uma linda animação
Baseada em lendas asiáticas e feita artesanalmente em Stop Motion (a massinha!!!), a animação Kubo e as Cordas Mágicas assim se destaca, logo de cara, pelo encantamento visual.
Os primeiros trinta minutos são de uma beleza e poesia emocionantes. Somos então apresentados ao mundo do garoto Kubo e vamos descobrindo aos poucos seu cotidiano e incríveis poderes.
A trama de Kubo e as Cordas Mágicas
É nesse começo que ficamos sabendo que o pequeno e sua mãe fugiram de uma força maligna e se alojaram em uma gruta próxima a um pequeno vilarejo. Aliás, em sua difícil rotina, o garoto não pode se expor à luz da lua! Quando isso acontece, Kubo inicia uma aventura em busca da armadura sagrada que o protegerá de seu algoz.
É nesta virada de roteiro que o filme perde parte de seu charme. Em resumo, ele acaba cedendo aos artifícios, estrutura e clichês de, praticamente, todas as animações feitas hoje em dia. Nessa fórmula “manjada”, um personagem precisa ir do ponto A para o ponto B e no meio do caminho irá encontrar personagens carismáticos que irão acompanhá-lo na jornada rumo a auto descoberta.
Gosta de animações?
Pelo menos, nessa caminhada conhecida, temos a trilha sonora de Dario Marianelli e Regina Spektor, que sustenta a emoção do enredo de forma extremamente marcante. É difícil segurar as lágrimas quando surge a música “While My Guitar Gently Weeps”, dos Beatles, na linda voz da cantora russa.
Kubo e as Cordas Mágicas tinha tudo para ser único. Até porque sua mensagem é afetuosa e importante. É realmente uma pena que a trivialidade da estrutura e do roteiro acabem desviando parte de seu brilho. Principalmente pela ousadia de sua origem lírica.
*Agradecimento Especial: Universal Pictures