Jack Reacher – Sem Retorno

Rogério Montanare 24/11/2016

Baseado nos livros de Lee Child, a franquia “Jack Reacher”, ganha seu segundo filme três anos depois de fazer um relativo sucesso com “Jack Reacher – O Último Tiro”. De lá, só voltou o grande astro Tom Cruise, que consegue dar credibilidade até para peça de teatrinho de escola!

Em “Jack Reacher: Sem Retorno”, Cruise repete seu papel de investigador outsider do exército americano, que é arrolado a uma intrincada conspiração interna, sobre desaparecimento de armas no oriente médio. Aparentemente, todos que investigam ou que atrapalham os andamentos do negócio morrem e com o iminente assassinato de sua amiga Major Turner, Reacher entra em combate e parte para o ataque ao mesmo tempo que investiga os motivos e fins da quadrilha fardada.

O diretor Edward Zwick, que já dirigiu Cruise em “O Último Samurai”, sabe criar cenas de ação muito boas e que exploram o vigor físico invejável do ator. Os melhores momentos do filme residem exatamente nestas construções que tem seu ápice nas locações da Lousiana, no sul dos EUA.

Os efeitos sonoros e as coreografias de luta estão incríveis e somados com a decisão de Tom de não utilizar dublês na maioria das cenas, torna tudo muito mais crível e visceral.

Mas as qualidades param por aí, porque a história em si e os personagens que rodeiam Reacher são de uma fragilidade e inverossimilhança tão grande, que por muitos momentos você se pegará xingando o filme.

Os grande vilões assassinos do mal tomam decisões tão desconexas, que fica claríssimo que tudo que orbita o personagem principal, só está lá para enaltecer e mostrar a sua superioridade. O mesmo acontece com as personagens femininas, que a todo momento bradam a sua inteligência, agilidade e protagonismo, mas que não passam das mesmas donzelas em perigo de 9 entre 10 filmes de ação.

“Jack Reacher: Sem Retorno” não é ruim, é escapismo de primeira. O problema é que ele é aquele tipo de filme que enquanto mais você pensa nele, menos você gosta e menos ele te faz sentido!!