As Rainhas da Torcida, uma comédia inspiradora
As Rainhas da Torcida é a comédia inspiradora que conta a história de um time de líderes de torcida formado por mulheres com mais de 60 anos. Estrelado por Diane Keaton e dirigido por Zara Hayes, o longa conta ainda com Jackie Weaver, Charlie Tahan e Pam Grier.
Na trama, Martha (Diane Keaton) vende seus pertences e se muda para uma comunidade da terceira idade. Sem muita perspectiva de vida, diagnosticada com câncer e se recusando a fazer o tratamento, tudo que ela quer é um pouco de paz para morrer. Entretanto, o conjunto de casas e vizinhos idosos (nem tanto) se mostra mais agitado do que o esperado.
O comitê de boas-vindas lhe informa que é necessário participar dos clubes do retiro. Caso não simpatize com nenhum, é possível abrir seu próprio clube. Assim, com o apoio da sua vizinha Sheryl (Jacki Weaver), Martha começa a comandar um grupo mulheres divertidas e corajosas, que enfrentam as barreiras da idade e provam que nunca é tarde demais para seguir seus sonhos.
As Rainhas da Torcida
Essa se torna a chance de realizar o sonho de ser líder de torcida. Essa vontade foi interrompida pela saúde da mãe de Martha, muitos anos atrás. Certamente, o grupo de senhoras terá de enfrentar alguns impedimentos pelo caminho, sejam eles de ordem superior, ou de condições da idade. Os argumentos contrários ao grupo não convencem, parecem mais inveja do que outra coisa. A diretora do retiro, por exemplo, fica implicando com o grupo quando bem que poderia participar também. Já o filho de uma das senhoras, parece que não gosta de ver a mãe feliz e se divertindo… vai entender…
O elenco está todo muito bem dentro de seus papéis. Diane Keaton demora um pouco para atingir a simpatia do público, pois passa uma boa parte do primeiro ato de mau humor. Compreensível, afinal, há uma doença lhe consumindo rapidamente e toda a paz que ela queria não lhe é fornecida. As outras senhoras são todas muito simpáticas, com destaque para a vizinha Sheryl, que é espivetada, gosta de diversão e vive com o neto de forma clandestina.
Esse mesmo neto (Charlie Tahan) irá ajudar como DJ nos ensaios do grupo, que também contará com as coreografias da jovem líder de torcida interpretada por Alisha Boe. O público pode rir das piadinhas envolvendo os seguranças do complexo de casas, a dupla Carl e Dorris (Bruce McGill e Dorothy Steel). Aliás, todos trazem uma dose de humor para o longa, afinal, estamos tratando de uma comédia aqui. Com seus dramas, é claro, mas ainda assim uma comédia. Só achei a Pam Grier um pouco apagadinha, mas deve ser por lembrar dela poderosa em Jackie Brown.
Considerações finais
As Rainhas da Torcida é um filme simples, cheio de clichês, mas que pode divertir ao público. É interessante trazer a questão da terceira idade como uma parte da vida onde ainda é possível se divertir. Infelizmente somos lembrados a todo momento que aquelas senhoras tem as suas limitações. Mas ok, faz parte da vida. O que não dá pra entender é o grupo de jovens cheerleaders querendo confrontar ou humilhar o grupo das senhoras.
Situações assim me fazem pensar “Isso é real? Realmente existem pessoas que gostam de humilhar as outras?” e fico meio pasma. Pelo menos no filme as humilhações são superadas, situações absurdas são fichinha e todas conseguem se apresentar em sua dança animada com pompons. As Rainhas da Torcida entra em cartaz hoje, dia 25 de julho.