Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível
O filme mais fofo do ano!
Eu nunca me interessei pelo Ursinho Puff (Winnie the Pooh), pois sempre achei infantil demais. Então não li nenhum livro, não assisti nada dele, nem desenho, nem filme, nem nada. Até que chegou a mim a história de Christopher Robin, o garoto amigo de Pooh que havia crescido e que iria reencontrá-lo em Londres. Já tinha aí dois motivos para assistir: Londres e Ewan McGregor. <3
O filme começa acelerado, nos mostrando o pequeno Christopher Robin interagindo com seus amigos de pelúcia no Bosque dos Cem Acres, inventando aventuras, se divertindo muito com Pooh, Tigrão, Leitão, Ió (Bisonho), Corujão, Coelho e Guru. Os capítulos da vida passam rapidamente, Christopher tem que se despedir dos amigos, pois vai para um colégio interno, depois perde o pai, cresce, conhece Evelyn, luta na guerra e se torna pai.
Christopher Robin
Também descobrimos que Christopher agora trabalha no setor de qualidade de uma empresa de malas e que seu chefe é um verdadeiro “mala”. Me desculpem a piada sem graça. Apesar de ter marcado viagem com a família para o final de semana, Christopher é incumbido da missão de cortar os custos da empresa em 20%, e isso inclui demitir funcionários. Dessa forma, ele tem só o final de semana para preparar uma proposta para o dono da empresa.
Sua esposa, super chateada, vai com a filha Madeline para a casa de campo em Sussex. A menina, sentindo a falta do pai, nem se anima a brincar, está sempre estudando, afinal, Christopher só se preocupa em preparar a garota para o colégio e não aproveita a infância da filha.
Sozinho em casa, Christopher precisa trabalhar, e, na correria, deixa cair um pote de mel por cima de um desenho seu feito quando criança, que Madeline havia encontrado anteriormente. Sem saber, ele traz ao mundo real seu melhor amigo da infância, Winnie the Pooh. Sim, o ursinho inocente que só quer ficar de boas, comer mel e ver seu amigo feliz.
O que esperar deste reencontro?
Por mais clichê que possa ser, o filme é leve, gostoso de assistir e emociona muita gente. Podemos comparar Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível com Hook – A Volta do Capitão Gancho, onde o herói do mundo mágico (Peter Pan e Christopher Robin) parte para o mundo real, onde cresce, se casa, fica obcecado por trabalho, se tornando um adulto chato que se esquece completamente do que é ser criança. Até que um personagem do mundo mágico (Sininho e Pooh) chega ao mundo real, leva o adulto chato para o mundo mágico para reviver neste a magia da infância, lembrando-o como é ser verdadeiramente feliz. Ambos os filmes são ambientados parcialmente em Londres e são baseados em livros infantis britânicos populares que foram adaptados pela Disney.
Nostalgia, ou não…
Assim, aqueles que acompanham as aventuras de Pooh e seus amigos podem identificar no filme várias cenas retiradas das antigas histórias da turma: o poema que Ió lê na festa de despedida é uma versão abreviada do poema presente na última história de Pooh; o fato de Christopher ter crescido está presente na série As Novas Aventuras do Ursinho Puff, Grown but Not Forgotten; o balão vermelho que podemos ver no desenho de 2011, O Ursinho Pooh; Tigrão confundindo seu reflexo no espelho com outro Tigger em Ursinho Puff e o Dia Chuvoso; entre outros momentos.
Muitos se identificaram com o filme por terem vivenciado as aventuras do ursinho na infância, por terem assistido ao longa com olhos nostálgicos, por terem tido um ursinho de pelúcia quando pequenos, entre vários motivos. Eu amei o filme porque, na realidade, me identifiquei com o próprio Pooh. Não sou tão fofa quanto ele, mas também estou sempre com fome, adoro fazer vários nada e acho que ser adulto é muito chato. Fiquei praticamente o filme todo controlando meus olhos para não ficar me molhando toda hora.
Quando terminou o filme já tinha um cardume nadando em volta de mim. Acompanhei quando criança algumas aventuras do ursinho Pooh e sempre achei incrível a construção das personalidades dos personagens, construindo um segundo ponto de vista sobre quase tudo que ocorre, no filme essa característica está em peso em cada um dos diálogos e nas entrelinhas para os manjadores. Quando me deparei com o começo descritivo do teu texto fiquei assustado, sorte que durou pouco até eu me divertir muito em todo o restante do texto. Da hora!
Ah, fui sincera né… hahaha… mas o filme é muito lindo e fofo mesmo, não tinha como não chorar!