Crítica: Cães de Guerra

É difícil não gostar de um filme que satiriza um conflito tão absurdo quanto a segunda guerra do Iraque. A “invasão” americana, por si só, já é um tremendo roteiro de uma grande comédia e, talvez seja por este motivo, que “Cães de Guerra” não surpreende tanto ao tratar uma história real como se fosse uma espécie de “Lobo de Wall Street” das armas.

Todd Phillips, diretor da trilogia “Se beber não case” desta vez não se arrisca muito e prefere seguir a trilha de filmes recentes que misturam situações reais – algumas vezes um tanto surreais – com personagens que beiram o irreal. A história de dois amigos de infância, sem perspectivas de futuro, que se envolvem no tráfico LEGAL de armas para o exército americano em terras iraquianas e que, nesse processo, ficam milionários, pode até soar inédita. Porém é a maneira como essa trama é conduzida que causa uma incomoda sensação de Déjà vu.

Já um cara que não cai na armadilha e surpreende a cada novo papel é o ator Jonah Hill. Por ter um tipo físico característico, seria muito confortável pra ele manter uma linearidade de interpretação e ser aquele cara engraçado porque é gordo. Entretanto, ele não se entrega ao esteriótipo e cria personagens cada vez mais complexos e anormais. Seu judeu sacana, amante de “Scarface“,  que engana todo mundo, o tempo todo, já entra para a história dos personagens mais sem noção do cinema. Nem que seja pela sua característica e jocosa risada.

Some-se a essa receita: uma trilha sonora recheada de Rock’n Roll da melhor qualidade; Bradley Cooper sendo Bradley Cooper; Uma trama ágil e com poucas firulas; Diálogos explicativos, mas certeiros; E você tem, como eu disse lá em cima, um filme que é difícil de não gostar. O que resta saber, é se a lembrança do longa permanecerá após o final da sessão ou se irá “sumir” como as “armas de destruição em massa” de Saddam Hussein no Iraque.

*Agradecimento Especial: Warner Bros. e ao Blog Acidamente Sensível

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