Mentes Sombrias, adaptação de livro

Dos mesmos produtores de Stranger Things e A Chegada

Quando adolescentes desenvolvem misteriosamente habilidades poderosas, eles são declarados como uma ameaça pelo governo e são detidos. Ruby, de dezesseis anos, uma das jovens mais poderosas já encontrada pelo governo, escapa de seu acampamento e se junta a um grupo de adolescentes fugitivos em busca de um refúgio seguro. Esta nova família de Mentes Sombrias percebe que, em um mundo onde os adultos os traíram, não basta correr, eles precisam resistir usando seu poder coletivo para retomar o controle de seu futuro.

Mentes Sombrias foi inspirado no livro homônimo (de 2012) da norte-americana Alexandra Bracken, primeiro volume de uma série, publicado no Brasil somente este ano pela editora Intrínseca. A história, narrada por Ruby, é uma distopia que levanta o atual debate sobre os perigos de uma sociedade repressora. Com uma trama eletrizante, Bracken conduz o leitor através das tensões da trajetória de autodescoberta da jovem que ainda mal entendeu seus poderes paranormais e já precisa lidar com as desconfianças do caminho. Explorando um novo mundo, Ruby precisa saber em quem acreditar para, quem sabe um dia, reencontrar algum conforto num mundo que já não é mais seguro para ela.

Bolota, Zhu, Ruby e Liam em Mentes Sombrias
Bolota, Zhu, Ruby e Liam

Mentes Sombrias

As crianças e os adolescentes são separados por cores, onde cada cor traz um poder. Os verdes tem inteligência máxima, como Bolota, capaz de resolver problemas super difíceis; os azuis, como Liam possuem a telecinese, ou seja, a capacidade de mover objetos com a mente; os amarelos, como a pequena Zhu, têm a habilidade de criar e controlar a eletricidade; e os laranjas, como Ruby, nossa protagonista, podem controlar as mentes com a telepatia. Há ainda os vermelhos, que não são muito citados no filme, mas cujo poder é o de incendiar qualquer coisa.

O filme é mais um na onda de adaptações literárias sobre futuros distópicos onde jovens sofrem e devem lutar pela sobrevivência, como Maze Runner, Divergente, etc. Mentes Sombrias cumpre o seu papel de entretenimento, deixando os espectadores (que não leram o livro) relativamente satisfeitos no fim. Pra quem já leu, é aquela coisa, adaptação né minha gente, muita coisa é deixada de lado, podendo ficar com pontas soltas ou explicações rasas. Normal, né.

Ruby (Amandla Stenberg) e Liam (Harris Dickinson) em Mentes Sombrias
Ruby (Amandla Stenberg) e Liam (Harris Dickinson)

Adolescentes

Nenhuma novidade, afinal, temos adolescentes lutando para sobreviver, com os hormônios florescendo, ou seja, claro que Ruby vai se apaixonar. Primeiro por um, depois por outro. Mas tudo bem, a atriz é boa e pode emocionar uma parte do público. O amigo Bolota é legalzinho, a menininha é fofinha, mas nada muito profundo.

Talvez o diferencial da trama tenha sido colocar os jovens resistentes como sendo de etnias diferentes. Mas os vilões e os diálogos são fracos. Mentes Sombrias é certamente um filme infanto-juvenil, e por isso, é esse público que ele visa agradar. Então o elenco adulto acabou sendo mal aproveitado. A jovem escritora contou a história em formato de trilogia, sendo assim, podemos esperar mais filmes por aí.

Mentes Sombrias

Nome Original: The Darkest Minds
Direção: Jennifer Yuh Nelson
Elenco: Amandla Stenberg, Mandy Moore, Bradley Whitford, Harris Dickinson, Gwendoline Christie
Gênero: Aventura, Ação, Ficção Científica
Produtora: 21 Laps Entertainment
Distribuidora: 20th Century Fox
Ano de Lançamento: 2018
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