Quarteto Fantástico – Primeiros Passos (Review)

O Quarteto Fantástico chega ao MCU com uma missão clara: apresentar a Primeira Família da Marvel para um novo público sem perder a essência que tornou o grupo tão querido nos quadrinhos. Primeiros Passos não é apenas mais um filme de origem, mas um capítulo inicial que mistura nostalgia, química de elenco e um clima de aventura que remete aos primeiros anos da Marvel Studios.

Um início que conquista pela química.

Logo nos primeiros minutos, fica evidente que o grande trunfo do filme é a relação entre Reed Richards, Sue Storm, Johnny Storm e Ben Grimm. A dinâmica entre eles é natural, divertida e, acima de tudo, humana. Há espaço para humor, afeto e até alguns conflitos típicos de família, o que torna o grupo mais próximo do público.
O roteiro acerta ao não despejar todas as informações de uma vez, permitindo que o espectador conheça os personagens por meio de suas ações e diálogos. Esse cuidado torna a jornada de formação da equipe mais orgânica e satisfatória.

Aventura com coração.

A narrativa não se resume a cenas de ação — há uma construção emocional que valoriza cada decisão dos personagens. O filme alterna entre momentos intensos e pausas reflexivas, explorando motivações individuais e reforçando a importância do trabalho em equipe.
Essa abordagem lembra muito a fase inicial do MCU, quando cada longa tinha identidade própria, mas deixava pequenas pistas para o futuro. Primeiros Passos segue essa filosofia, equilibrando uma história fechada com o potencial de expansão para o que está por vir.

Visual e ação bem executados.

A parte técnica é um destaque à parte. Os efeitos especiais dão vida aos poderes icônicos do grupo de forma criativa e impressionante. Reed Richards utiliza sua elasticidade em cenas inventivas, Johnny Storm entrega momentos de pura adrenalina com suas chamas, Sue Storm brilha tanto com seus campos de força quanto com sua inteligência, e Ben Grimm é trazido à vida com um realismo convincente e expressivo. As sequências de ação são bem coreografadas e mantêm um ritmo que prende o espectador, evitando o excesso visual que, em alguns casos, prejudicou outros filmes recentes da Marvel.

Um vilão funcional.

A personagem que gerou uma grande discussão na internet, é uma ótima personagem, estamos falando da Surfista Prateada. Ela tem ótimas cenas, é bem construída, ela empolga, consegue transmitir uma grande ameaça e você acredita que realmente está vendo nas telas um verdadeiro Arauto do Galactus. Já que citamos ele, o Galactus chegou, mostrando ser uma grande ameaça e super poderoso, mas que não estava em seu auge de poderes, o que passa uma impressão de que ele foi guardado para um próximo momento dessa nova fase da Marvel. Bons vilões.

Um abraço nostálgico e promissor.

Mais do que uma história de super-heróis, Quarteto Fantástico – Primeiros Passos é um convite para conhecer (ou reencontrar) personagens que sempre foram parte importante do universo Marvel. O filme consegue ser divertido, emocionante e visualmente impressionante, ao mesmo tempo que abre portas para aventuras ainda maiores.

Não é perfeito, mas entrega o que promete e cumpre bem seu papel como ponto de partida. Para fãs antigos, é uma reconciliação; para novos espectadores, uma introdução calorosa.

Nota 8.