Godzilla II: Rei dos Monstros – Vida Longa ao Rei
Godzilla está de volta em um filme maior e melhor que o longa de 2014 dirigido por Gareth Edwards que, focado mais na apresentação de personagens e seus dramas, só apresenta o clássico personagem japonês em toda sua glória lá pelo terço final do filme.
Símbolo do gênero Kaiju, Godzilla, criado em 1954 por Tomoyuki Tanaka, Ishiro Honda e Eiji Tsubaraya, e estrela de uma série filmes produzidos no Japão, aparece aqui pela terceira vez em uma grande produção ocidental.
Depois da superprodução de 1998 dirigida pelo rei do filme catástrofe Roland Emmerich, um filme até que divertido mas que pecou mudando muito o personagem original, e do já citado longa de 2014, o lagarto gigante tem sua primeira sequência ocídua.
Godzilla II: Rei dos Monstros
O filme começa cerca de cinco anos depois dos eventos de Godzilla e faz parte do universo compartilhado de monstros da Legendary Pictures, que também inclui Kong: A Ilha da Caveira e não tem vergonha nenhuma de já dar dicas sobre o esperado choque de titãs no vindouro Godzilla Vs. Kong que tem estreia programada para 2020.
A humanidade ainda se recupera da destruição causada pela batalha do último longa e Godzilla não é avistado desde então. A Organização Monarch encontrou diversos outros titãs adormecidos por todo o globo. Inclusive temos um deles pra chamar de nosso, pois se encontra no Rio de Janeiro. O jargão O Gigante Acordou agora faz todo sentido afinal.
Acompanhamos a Dr.ª Emma Russell (Vera Farmiga) e sua filha Madison (Millie Bobby Brown), que em uma das estações secretas da Monarch buscam formas de tentar a comunicação com as gigantescas criaturas e superar uma tragédia pessoal ocorrida no último ataque.
E a trama segue…
A experiência se mostra um sucesso e Emma consegue contato com Mothra, um dos inúmeros monstros do longa. Mas como o foco aqui é “monstros gigantes se enfrentando”, ambas são sequestradas por uma organização ecoterrorista que busca a destruição e purificação da humanidade pelas ancestrais criaturas.
O plano é despertar King Ghidora, um gigantesco Kaiju de três cabeças capaz de conjurar tempestades. Entretanto, por se tratar de um monstro Alfa, Ghidora acaba atraindo a atenção do rival Godzilla, que pretende manter seu posto.
As batalhas entre as criaturas são espetaculares e cheia de detalhes. Com uma edição de som sensacional que dá a dimensão e peso do choque de seres maiores que prédios se batendo sem dó. Assim, fica impossível não se lembrar dos antigos seriados japoneses da finada TV Manchete.
Aspectos técnicos de Godzilla II
A direção de Michael Dougherty, que também assina o roteiro, se mostra bastante competente. Coloca o ponto de vista das batalhas em vários focos, em close nas criaturas como em uma luta de boxe. Também foca no ponto de vista dos personagens correndo em desespero como formigas frente aos titãs. Portanto, temos belíssimas cenas que mostram os seres ao longe fazendo parte da paisagem. Sério, essas imagens são de cair o queixo de tão lindas.
O elenco ainda inclui Ken Watanabe, que volta do longa anterior, e Zhang Ziyi formando um núcleo oriental entre os ocidentais e isso mostra algo interessante no roteiro, já que ambos os personagens tratam as criaturas com veneração e respeito deixando qualquer alívio cômico para o núcleo ocidental do longa, em especial o personagem de Bradley Whitford.
Destaque também para a trilha sonora de Bear McCreary com um tema poderoso para Godzilla com tambores e cânticos, de arrepiar mesmo.
Considerações finais
Esse é um filme que pede para ser visto em tela grande. De preferência a maior que você puder encontrar e com o som no máximo vibrando as poltronas do cinema. Então não se preocupe com as viagens intercontinentais com duração de minutos que levam os personagem numa perseguição de gato e rato. Nem com o fato da criança ser uma das personagens mais sensatas do longa. Divirta-se!
Godzilla II: Rei dos Monstros, o melhor que o cinemão pipoca tem para oferecer, escapismo e diversão sem limites. O longa estreia dia 30 de maio.