O Mal está Lá Fora
Trash involuntário
As irmãs Juliet (Katrina Bowden), Lisa (India Ennenga) e Wendy Delaney (Emmalee Parker) estão sozinhas em casa, enquanto seus pais, Thomas (Jay Mohr) e Bernice (Amanda Wyss) estão viajando.
É nesse momento que um grupo de garotos decide invadir a casa e ameaçar as meninas. Elas pedem ajuda ao xerife (Thomas Jane), mas um perigo ainda maior ronda o local.
Invasão da casa
A princípio, O Mal está Lá Fora parece mais um daqueles filmes que retratam uma invasão de casas e aqui tudo é desenhado para que a invasão soe o mais ameaçadora possível. A família Delaney acabou de se mudar para uma nova casa em uma nova cidade e, portanto, não conhece ninguém ali. O lugar, claro, é sinistro por si só.
Eles mal se mudaram e os pais, Thomas e Bernice, resolveram que vão fazer uma viagem sem as três filhas. As meninas, que são três loiras angelicais e com as feições mais inocentes possíveis, vão ficar sozinhas, e claro que já chamaram a atenção de alguns rapazes da cidade.
Quando o telespectador percebe o que vai acontecer, ele também imagina tudo de pior que pode se dar a partir do momento que um grupo de “delinquentes” invade a casa das três adolescentes, dispostos a tudo, mas o filme é cheio de plot twists.
Reviravoltas
O Mal está Lá Fora é, inclusive, um filme que se baseia nos seus plot twists e nas suas reviravoltas e aposta nelas para que o longa seja vagamente interessante. Depois de um tempo, o roteiro solta reviravoltas de maneira quase compulsiva.
O longa até tem alguns plot twists interessantes e se sai bem nas inversões de papeis, muito baseadas nos clichês do terror, mas é tudo meio bobo e bem fácil de prever.
Isso sem falar que o filme é muito parado, especialmente para um filme do gênero thriller, onde se espera que exista alguma movimentação. Existe claro, a tensão em relação ao que vai acontecer quando os jovens invadem a casa, mas nem isso é especialmente surpreendente ao longo do tempo.
Aspectos técnicos de O Mal está Lá Fora
Este não é um filme grande, mas também não é uma produção sem recursos. Existem poucos cenários, mas os lugares são grandes, bem decorados e funcionam dentro do que o filme está propondo. A casa dos Delaney, por exemplo, parece uma mansão, o que ajuda nos momentos em que a casa já está invadida, uma vez que o roteiro pode criar uma perseguição e vários esconderijos a partir disso.
Um problema do filme é que as atrizes que interpretam as irmãs Delaney são mais velhas que suas personagens, como é comum no cinema, e não se parecem com adolescentes. Elas parecem mulheres adultas, o que também poderia ser interessante, o perigo ainda seria real, mas o roteiro ainda as trata como adolescentes e elas se comportam dessa maneira, o que é no mínimo, estranho. O elenco, de uma maneira geral, é razoável, mas não chama atenção especialmente.
A trama se apoia demais em suas reviravoltas e algumas até são boas, mas todas são bem previsíveis o que torna o filme nem um pouco assustador. Embora consiga passar uma sensação de tensão, ele é parado e tedioso.
O longa até parte de uma ideia instigante e é bem inteligente nas tentativas de subversão que faz, mas o roteiro é um pouco preguiçoso e não tão bem pensado, dando ao filme um ar de trash que não foi pensado como tal.