Crítica: X-Men – Apocalipse

Começo esse texto com uma pergunta desabafo: Porque é tão difícil fazer um vilão decente em um filme de super heróis?

Esse é o quarto filme inspirado em heróis de quadrinhos do ano de 2016 (Deadpool, Batman v Superman e Capitão América: Guerra Civil, foram os anteriores) e também é o quarto filme em que o vilão da história parece um “bobo” que fica andando de uma lado para o outro sem saber o que fazer. E olhe que, aqui, ele é praticamente um Deus!

X-Men: Apocalipse é o sexto filme da franquia, se descontarmos as derrapadas solo de Wolverine, e o terceiro na nova linha temporal alternativa que começou com o fantástico X-Men: Primeira Classe e depois com em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, que nem é tão fantástico assim.

xmen2Nessa nova linha temporal, o esforçado diretor Bryan Singer, encontrou um espaço bastante interessante para encaixar a história do mais forte vilão dos X-Men nos quadrinhos, o Apocalipse. Ambientado nos anos 80, dez anos depois dos eventos de Dias de Um Futuro Esquecido, os mutantes ainda lutam para ter seu lugar no mundo, e poucos deles conseguem a admiração de humanos e mutantes que Raven (Jennifer Lawrence) conquistou com o salvamento importante que realizou nestes tais eventos. Charles Xavier (James McAvoy) finalmente criou a sua escola para “superdotados” e tenta ajudar os mutantes adolescentes a controlar seus poderes. E lá longe, escondido da humanidade, Magneto (Michael Fassbender) cria sua família como uma pessoa normal. Enquanto isso,  uma força antiga e suprema emerge do subterrâneo, pronta para dominar o mundo!

E é isso mesmo! Acho que a última frase descreve bem o que é o filme: Mais uma vez temos o mesmo louco insano, que parece indestrutível, mas não é! Que quer dominar e destruir o mundo, mas não tem um plano decente! Que faz grandes alianças, mas que você já sabe que serão quebradas em segundos! E que, para coroar toda essa falta de originalidade, tem um dos piores design de personagem da história! Parece até uma uva passa com capacete que não é um capacete!

As novas encarnações dos mutantes que tanto amamos (Ciclope, Jean Grey, Noturno, Anjo e Tempestade) até que são legais e visualmente bem feitas, mas o roteiro não encontra espaço suficiente para desenvolvê-los. Agora, a maior vergonha do filme, na minha opinião, é a Psylocke (Olivia Munn). Que tem um visual incrível, mas mal abre a boca pra falar uma frase! É como uma linda visão de um saco plástico vazio ao vento!

Por falar em vento, outro ponto fraquíssimo do filme é o CGI mal renderizado. Faz tempo que eu não via efeitos visuais computadorizados tão mal polidos e sem vida. Com isso, cenas de destruição, que deveriam causar impacto, geram apenas bocejos ocasionais.xx

Caro amigo/a leitor/a: se você não gosta de ser surpreendido/a e curte ver o mesmo filme mil vezes, X-Men: Apocalipse  lhe será um prato cheio! Agora, se você gosta de ser desafiado/a, de um bom antagonista e principalmente, de um bom roteiro surpreendente, sugiro que abandone os superpoderosos deste ano e assista “Rua Cloverfield n°10” na sala ao lado!

Ps: Para variar, a melhor cena do filme é do Mercúrio (Evan Peters), que mais uma vez é relegado no clímax final!

Ps2: A participação do Wolverine até que é “legalzinha”… só isso!

E você, vai assistir X-Men: Apocalipse? Nos diga o que achou do filme!! Comente!!!

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