Anjos da Noite: Guerras de Sangue – 5º Filme da Série

Anjos da Noite: Guerras de Sangue é o quinto filme da franquia. Se mantém em terreno seguro em sua narrativa datada, mas consegue divertir com adesão de uma mitologia expandida.

Depois de um ótimo primeiro filme, que bebia de uma geração pós-Matrix (e responsável por estabelecer toda a base pela qual viria a se repetir para sempre); de um segundo mediano; a franquia ainda realizaria um competente terceiro filme com uma prequel que dava gás para o contexto da guera entre lycans e vampiros; até culminar no desconjuntado quarto O Despertar, que de interessante mesmo só o legado através da filha de um híbrido com uma vampira.

Anjos da Noite: Guerras de Sangue

Esta quinta produção cita muito a menina, sem jamais mostrá-la e retorna com uma desgastada Selene. Kate Beckinsale já não tem muito mais a entregar com sua protagonista, que mais uma vez não faz uma escala de evolução enquanto personagem. Dando um inesperado co-protagonismo ao David interpretado por Theo James, que felizmente não desenvolve qualquer relacionamento com ela. Mantendo assim um enredo pelo menos mais contemporâneo dentro de suas próprias necessidades.

Parte desse trunfo menos clichê cai nas mãos da diretora estreante Anna Foerster, que se não consegue imprimir qualquer personalidade a Guerras de Sangue (se você colocar todos os filmes juntos, nunca saberá distinguir qual é qual… talvez o terceiro e só porque ele é “de época”), pelo menos consegue abrir o escopo para além do romanzeco furado. Então com personagens cansados de tanta peleja, buscando certa paz, seja através da trégua, seja através de uma última guerra.

E mais uma vez, temos lobisomens como inimigos aqui. E um cem-número de personagens vira-casaca. Tanto de um lado quanto do outro. O que fornece o entretenimento na medida, esperado em uma produção dessas.

Mais do mesmo

No mais, temos mais sequências de Selene sendo fodona, ganhando inclusive um upgrade a lá Super Sayajin, mas que infelizmente perde boa oportunidade de mostrar o caminho para o tal Mundo Sagrado. Juntamente de outras cenas bem executadas de ação e pancadaria, com espadas, pistolas e metralhadoras, que parecem menos exageradas do que os dois filmes anteriores e mais críveis em suas propostas. O que aumenta, assim, a proposta espetaculosa da obra.

A mitologia também se expande de maneira interessante. Com os vampiros nórdicos; o segredo da localização da menina híbrida puro-sangue; novos tipos de habilidades e/ou formas que tanto vampiros quanto lobisomens assumem em justificativas convenientes no enredo, mas aceitáveis para fins de andamento da história. Esta que traz efeitos especiais mais competentes, sutis e sólidos e uma maquiagem menos capenga do que antes.

Anjos da Noite: Guerras de Sangue ainda soa datado, como se não pertencesse a esta década. Mas consegue divertir sem ir muito além, servindo como respiro entre uma grande produção e outra. E cabe mais para fãs da franquia ou órfãos de Blade.