A Babá, um Esqueceram de Mim gore
McG arrisca um novo gênero aqui, assumindo uma roupagem mais Robert Rodriguez, que quase funciona o tempo todo, em uma edição descoladinha cheia de letterings pontuais, que tem um ótimo primeiro ato, apresentando bem o protagonista medroso que recebe superproteção de seus pais nonsense e tem boa relação (além da paixonite) pela babá descolada, que numa noite infeliz, ele descobre fazer parte de um culto que sacrifica adolescentes em prol de conquistas na vida. O culto é formado por outros estereótipos de jovens estadunidenses: como o jogador de futebol americano superforte, o negro piadista, a líder de torcida burra e gostosa (que Bella Thorne sabe fazer), a japa gótica e estranhona etc.
E ainda que um dos vilões afirme que A Babá não é um Esqueceram de Mim, o longa tem o mesmo espírito do clássico de Macaulay Culkin, mas assume o gore sem medo, deixando cabeças explodirem a vontade, incluindo aí outras escolhas sanguinolentas bastante divertidas, a medida que o terro também se faz presente por aqui. Samara Weaving é a musa do diretor, que foca várias vezes no traseiro da moça e na despudorada e bem-vinda cena de beijo entre ela e Thorne, já uma cena cult!
Do meio do segundo ato até o clímax, o filme perde um pouco do fôlego e quase sai do eixo com repetições de perseguição e conversa fiada, o que prova que McG ainda é McG e passa longe de quem ele quer imitar, mas com 1:25 de história, esse efeito logo se esvai e fica valendo a tentativa do diretor por novos ares, em uma experiência muito interessante da Netflix em apostar também em longas para adolescentes, retratando a puberdade da maneira mais louca possível.