Abismo do Medo

Claustrofóbico e tenso, esse é o tipo de terror feito na medida certa

Provavelmente, Abismo do Medo é o melhor filme da insípida carreira de Neil Marshall (que ainda conta com o interessante Cães de Caça e o desnecessário reboot de Hellboy em 2019), colocando um grupo de amigas com gosto em comum por esportes radicais.

Ao término de mais uma aventura, a única casada, Sarah (Shauna Macdonald), sofre um acidente de carro, onde seu marido e filha morrem. Um ano após o acidente, as moças decidem reunir-se para outra aventura e reaproximação. Mas elas não esperavam terminar noutra caverna que não a planejada, diante de perigosas e desconhecidas criaturas.

Trabalhando muito bem a relação entre o quinteto (e os segredos que escondem), e os ambientes fechados (e, portanto, bastante escuros, o que favorece os recursos para baixo orçamento), o diretor dedica a maior parte do tempo para a claustrofobia das espeleologistas, seja em túneis apertadíssimos, seja em buracos profundos, ou sequências vertiginosas com as garotas penduradas.

As criaturas de Abismo do Medo só surgem mesmo no terço final, abrindo as alas para um clímax longo, sangrento e satisfatório, que também resvala para revelações pessoais feitas de escolhas difíceis, com um desfecho catártico.

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