Aladdin, música, romance, diversão e muito mais
O novo Aladdin é a emocionante adaptação em formato live-action do clássico de animação de 1992 da Disney, que, por sua vez, é inspirado em contos do livro “Mil e Uma Noites“. Esta é a empolgante história do adorável ladrãozinho Aladdin, da corajosa e determinada Princesa Jasmine e do Gênio, que pode ser a chave para o futuro dos dois.
Depois de 27 anos, o amor proibido em Agrabah está de volta, no filme com direção de Guy Ritchie. Desta vez, quem dá vida ao Gênio é Will Smith, enquanto Naomi Scott é a princesa e Mena Massoud interpreta o jovem humilde que descobre a lâmpada mágica. Como já sabemos, o Gênio pode lhe conceder três desejos e é a chance de Aladdin conquistar a moça por quem se apaixonou. Ele só não sabe que ela é uma princesa e precisa se casar com um príncipe. Com a ajuda do Gênio, o rapaz tenta se passar por um príncipe para conquistar Jasmine e a confiança de seu pai, o Sultão.
A nova adaptação de Aladdin ficou encantadora. Muitas pessoas reclamaram dos teasers e trailers, por conta do CGI que foi feito em cima do Gênio, mas ao assistir ao filme, as reclamações ficam de lado. Claro que os efeitos especiais não são espetaculares. Em algumas cenas é realmente incômodo o modo como Will Smith gesticula no papel do grande gênio azul. Mas a partir do momento em que ele assume uma forma humana para ajudar seu novo amo, fica tudo mais fluido.
Ali Babá e os 40 ladrões, muito dinheiro tinham pra contar…
As músicas mais legais do desenho ganharam algumas modificações, e arrancam os melhores sorrisos do público. O longa abre com Will Smith cantando “Arabian Nights”, que ganhou minutos e perdeu a polêmica frase que dizia “orgias demais” (pelo menos na versão brasileira). “One Jump Ahead” é uma música que eu confesso que nem lembrava, mas reconheço que ficou bem legal. É uma ótima maneira de conhecer o mercado e de Aladdin nos mostrar suas habilidades no parkour. Nesses momentos também podemos captar alguns detalhes linguísticos no ar, como os mercadores falando suas línguas nativas.
Eu, como fã das músicas do desenho (em português, afinal eu era uma criança ainda na época e assistia só dublado), estava ansiosa mesmo. Quase saí cantando junto, mas… no cinema nós temos que nos comportar. Então preferi prestar atenção à magia que acontecia na tela. Principalmente nas músicas “Friend Like Me” e “Prince Ali”. Eu tenho um CD até hoje com as melhores músicas da Disney e essas com certeza fazem parte do álbum.
Algumas alterações no novo Aladdin
Uma sacada muito boa no roteiro foi a inserção de um novo personagem à história. Dalia, uma criada, amiga e confidente para Jasmine. A moça é muito simpática e induz um elemento de diversão para o palácio, que antes ficava na figura do sultão. Ela também serve de alvo romântico para um certo personagem azul. Nada mais justo!
Jasmine, a princesa que não pode sair do castelo, é firme e sabe o que quer. Passou a vida estudando e é a melhor substituta para o pai, o Sultão de Agrabah. Mas, na tradição, nunca houve um sultão mulher e, além disso, a lei diz que ela deve se casar com um príncipe. Em certo momento, é dito a ela que seu lugar como princesa é ser vista e não ouvida. ? Todos que a cortejam tendem a deixá-la entediada. Até que ela conhece Aladdin. E depois Príncipe Ali. Ah, vocês já conhecem a história, né? Mas não sabiam que agora Jasmine tem uma música só dela e muito bem interpretada.
O maior problema do live-action é o vilão, Jafar. No desenho ele era bem mais velho, mais malvado e mais feio. O ator escalado não é nada disso. Além de ser muito jovem, sua voz não convence como a de um vilão. Inclusive achei que o jeito dele de falar era muito parecido com o John Turturro, que pra mim, tem a inocência estampada no rosto, independentemente do papel que esteja interpretando. Assim, Jafar não passa credibilidade, é só um homem ambicioso que tem um papagaio vermelho. Aliás, Iago também está um pouco murcho nessa versão.
Por falar em animais…
O Macaco Abu está perfeito em todas as cenas. Ele interage bem com todos, inclusive com o tapete, que aparece pouco, mas está presente e é fundamental nas ações dos protagonistas. O filme manteve o “pet” de Jasmine, o tigre Rajah, apesar de fofocas que diziam que ele seria substituído pela ajudante da moça. Rajah permaneceu na história e continuou sendo o fiel protetor de Jasmine.
Já o pai de Jasmine, infelizmente não é tão fofinho quanto o da animação, que era baixinho e gordinho e vivia sendo hipnotizado por Jafar e gostava de atormentar Iago. Na nova versão o Sultão é um homem alto e magro, mas algumas características permaneceram, como a barba, a simpatia e o figurino. Inclusive, este é um aspecto que merece muitos elogios, pois está impecável. As roupas, principalmente de Jasmine e de sua ajudante Dalia são lindíssimas. Na performance de “Prince Ali” também podemos ver o figurino de muitas mulheres de Agrabah, e no salão de festas do castelo então, um verdadeiro desfile.
Essa nova versão de Aladdin se destacou muito pelas músicas e movimentos de danças (em alguns momentos achei que iria ter dancinhas estilo Bollywood ?). Will Smith deu uma nova vida para as músicas cantadas pelo Robin Williams, com elementos de jazz e rap. As músicas que conhecemos tanto ficaram muito agradáveis de ouvir.
Aladdin versão live-action
O elenco de Aladdin inclui então: o indicado duas vezes ao Oscar, Will Smith como o Gênio que tem o poder de conceder três desejos a quem possui sua lâmpada mágica; Mena Massoud como Aladdin, o morador de rua que se apaixona pela filha do Sultão; Naomi Scott como a princesa Jasmine, a bela filha do sultão que não aceita as ordens do pai; Marwan Kenzari como Jafar, um feiticeiro maligno que tem um plano nefasto para governar Agrabah; Navid Negahban como o sultão, o governante de Agrabah que está ansioso para encontrar um marido apropriado para sua filha; Nasim Pedrad como Dalia, donzela e confidente da princesa Jasmine; Billy Magnussen como Prince Anders, um pretendente da princesa Jasmine; e Numan Acar como Hakim, o homem da mão direita de Jafar e o chefe dos guardas do palácio.
O elenco todo está de parabéns, tirando Marwan Kenzari que, infelizmente, não convence como Jafar. Mena fez um excelente Aladdin, muito parecido com o desenho, tanto na atuação quanto nas músicas interpretadas. A única coisa que me incomodou um pouco foi o cabelo dele, que não ficou nem um pouco natural. Mas dá pra relevar… Afinal, reparem, percebe-se que o cabelo foi colado à sua cabeça. Podia ter ficado melhor.
Bora pro cinema?
Aladdin tem direção de Guy Ritchie e roteiro de John August. O produtor é Dan Lin com o ganhador do Globo de ouro Marc Platt, Jonathan Eirich e Kevin De La Noy como produtores executivos. O compositor premiado pelo Oscar, Alan Menken, preparou as novas gravações das músicas originais escritas pelos letristas Howard Ashman e Tim Rice, bem como as duas novas músicas escritas pelos compositores vencedores do Oscar e Tony Award, Benj Pasek e Justin Paul. Aladdin já está em cartaz, tá esperando o quê?