American Poltergeist: Possuídos
Só há um jeito de você tirar o mínimo de interesse deste filme: não ler absolutamente nada sobre ele, para que a conclusão seja, pelo menos, surpreendente. American Poltergeist: Possuídos, dirigido por Susannah o’Brien (The Doll, 2017) é bem ruim.
Bem barato em todos os seus aspectos, inclusive pelo tamanho do elenco, pela qualidade das falas e pelos efeitos, conta-se aqui a história de um jovem casal que se muda para uma fazenda disponível para que ele (Justin Arnold) possa se dedicar a seus estudos paranormais, fenômenos sobre os quais ele é cético. Lá, ocorre o inevitável nesses casos: tudo sai do controle, pois os fenômenos estão lá, apoiados pela presença soturna do proprietário do imóvel.
Um erro crasso em filmes de terror é cometido aqui: a falta completa de sentido nas ações e reações dos protagonistas. Não se compreende positivamente (mesmo que, com boa vontade, alegue-se que para que o filme funcione precisamos baixar as barreiras da credibilidade dos atos) por que o casal não decide abandonar a casa aos primeiros sinais de perturbação da ordem.
American Poltergeist: Possuídos
Some-se a isso as atuações fracas de todos, e também algumas tomadas bem mal-feitas (em especial um corte numa cena em uma plantação à noite), de fato combinando com a inexperiência da direção. Entretanto, a sensação que fica é que houve alguma má vontade na produção, porque alguns erros seriam evitados por estudantes em um curso de cinema amador.
O que se pode tirar de bom, então? Novamente, não permita que lhe falem qualquer coisa sobre a trama a partir do ponto em que paramos logo acima, caso você tenha sua curiosidade atiçada pela má qualidade da obra; isso porque a explicação para tudo o que se vê na tela ocorre em uma única cena. Ainda assim, em particular um momento em que o homem vê numa filmagem a presença de uma mulher em um recinto da casa e como ele se comporta depois se tornam absolutamente sem credibilidade a partir do entendimento de tudo no fim. Um filme fraco, para os que gostam mesmo de trash.