Assassinos Sádicos

Um grupo de jovens resolve viajar pelo interior dos Estados Unidos, mas acaba esbarrando com uma família de açougueiros sádicos. Só pela sinopse de Assassinos Sádicos já é possível saber em que subgênero do terror ele se encaixa e quais são as inspirações do filme. Este é um slasher dos mais clássicos, que em muitos momentos até lembra O Massacre da Serra Elétrica.

Mas também por causa disso, o filme está cheio de clichês presentes na trama. Aqui acompanhamos quatro jovens: Jenna (Julie Mainville), Taylor (Anne-Carolyne Binette), Mike (James Gerald Hicks) e Chris (Frederik Storm), que estão viajando pelo interior dos Estados Unidos para comemorar o aniversário de Jenna e, no meio do caminho, acabam esbarrando em uma família de sádicos que passa a persegui-los.

O filme, então, segue aquele caminho clássico dos slashers: alguém da cidade avisa os jovens que eles devem ir embora do local, eles não escutam, seguem sua viagem, esbarram no perigo, passam a fugir e são perseguidos pela família de sádicos. Para além disso, existe também a própria existência dessa família que nunca sabemos se é só assassina ou se também é canibal, o que lembra filmes como Quadrilha de Sádicos e o próprio O Massacre da Serra Elétrica. O que é interessante em Assassinos Sádicos no entanto, é que em determinado momento, ele mesmo tira sarro dos clichês que o filme repete.

Os adolescentes

Para além da trama que envolve a família e a violência, existe uma trama que envolve os quatro jovens que estão viajando e que são as potenciais vítimas do filme. Jenna e Mike são namorados, Taylor e Chris também formam um casal, e Jenna e Taylor são melhores amigas e é por isso que esses quatro personagens estão fazendo essa viagem.

Ao longo do filme descobrimos, no entanto, que Mike está traindo Jenna com Taylor, o que claro, é uma traição dupla para Jenna, tanto de seu namorado, quanto de sua melhor amiga. Os dois até demonstram um pouco de culpa, mas a relação clandestina continua inclusive durante a viagem de aniversário de Jenna.

A trama de Assassinos Sádicos monta essas relações de forma que elas causem atrito em algum momento, já que existe toda uma problemática não só em relação a Jenna e Mike, mas também Jenna e Taylor e de Taylor com seu próprio namorado, Chris. Claro que todos esses dramas adolescentes, que também são clichês, ficam em segundo plano, já que este é um filme de terror que foca mais no que esses jovens vão sofrer na estrada.

Aspectos técnicos de Assassinos Sádicos

Assassinos Sádicos é um filme de baixo orçamento, mas ele se vira bem com o que tem. O longa praticamente não tem efeitos, os cenários são poucos, e o elenco também é pequeno e não troca de figurino, já que toda a trama se passa em um período curto de tempo.

O filme mergulha fundo no slasher, o que por si só não é um problema, a questão é que ele não propõe nada de novo, é simplesmente mais do mesmo, e uma vez que temos vários filmes desse subgênero que são muito mais interessantes e tem propostas melhores, Assassinos Sádicos não se sobressai. O longa praticamente não se preocupa com o roteiro, que é bem bobinho, e até um pouco óbvio, e prefere assustar e enojar o telespectador sendo bem violento, com muitas cenas de sangue e tortura. Também tem uma tensão que permeia o filme, que de uma certa maneira, prende a atenção do telespectador.

O elenco é razoável, ninguém chama a atenção especialmente, nem para o bem e nem para o mal. O filme se passa nos anos 1990, é possível perceber isso através das tecnologias que aparecem em cena, mas os figurinos tem um perfume de anos 1970, que é a era de ouro dos filmes slasher, o que é um toque interessante.

Como Assassinos Sádicos não parece ser nem uma homenagem, nem aqueles filmes que revisitam clássicos, ele acaba soando como um filme slasher de baixa qualidade, que não se preocupa em inovar e só repete fórmulas já batidas e que hoje, são sem graça. Ele pode divertir algumas pessoas que gostam especialmente desse subgênero ou que vão assisti-lo pensando em um filme trash, mas para grande parte da audiência, o filme é clichê, fácil de prever e pouco atrativo.