Brado

Um filme lindo, autêntico e com ar familiar, é assim que eu defino Brado, o terceiro filme dirigido por Kim Rossi Stuart. Kim é um ator italiano com uma bagagem incrível de filmes e séries, que agora também se encontra na direção de alguns filmes.

O diretor, que também atua em Brado, veio a São Paulo para o Festival de Cinema Italiano e seu filme foi um dos mais queridos pelo público. Na coletiva, ele disse que o longa é praticamente uma homenagem ao seu passado, e que ele sente um carinho especial pela obra, que traz memórias de quando ele vivia em um centro hípico, onde morou dos seus dos 9 aos 13 anos.

Brado conta a história de Renato, interpretado pelo próprio Kim, um homem bem mal humorado e cheio de mágoas do passado que ainda mora na fazenda onde criou seus filhos Tommaso (Saul Nanni) e Viola (Federica Pocaterra) e onde tinha uma escola de equitação que ele tenta manter até hoje, mas é decadente, chega a ser triste ver ele tentando manter a fazenda em pé.

Brado

Sua ex-esposa, mãe de seus filhos, deixa claro que saiu dali para ser feliz, mas mesmo assim está vivendo inúmeras frustrações amorosas. Seu filho, que já saiu da fazenda há anos e tem uma vida longe do pai, se vê em uma obrigação moral e volta à fazenda onde cresceu, mesmo com lembranças não tão boas, para ajudar seu pai.

Quando Tommaso volta e vê toda aquela situação, ele acaba ficando e ajudando o seu pai a domar um cavalo indomável, e a partir daí conseguimos ver o quando eles tem dores não curadas. Com o passar do tempo, eles vão tentando resolver essas mágoas do passado, de forma que é quase impossível, já que Renato se transformou em um homem totalmente rabugento. Tommaso faz de tudo para se aproximar do pai, até entrar em uma competição de hipismo para agradar seu pai, que o inscreveu seu sua permissão.

Brado é um filme com bastante drama familiar e tentativas de mostrar que estes dramas estão superados. É um bom filme para ver em família. Kim acertou no filme.