Corra, Querida, Corra

Um date que deu errado, essa é a premissa básica desse novo filme da Amazon, Corra, Querida, Corra, que coloca a fofíssima Ella Balinska (do reboot de As Panteras) como a protagonista em apuros, fugindo pelas ruas da cidade à noite, de um homem branco atuando como um verdadeiro predador, na figura de Pilou Asbæk (que em todos os papéis após GoT, são de personagens verdadeiramente maldosos).

Shana Feste, diretora que até então só tinha comédias românticas água com açúcar no currículo, executa aqui um filme estiloso, que fala principalmente sobre empoderamento feminino, extrapolando os temas do machismo e da misoginia com um flerte no sobrenatural, mas falar mais do que isso é entregar as pequenas boas surpresas que esse thriller tem a oferecer. Quando a Blumhouse tenta emular a A24 ela tende a acertar mais, ainda que não atinja resultados semelhantes. Mas ao menos, o esforço é reconhecível.

Os letterings de “CORRA!” que surgem em momentos-chave da narrativa, além da interação do vilão quebrando a quarta-parede (até para poupar o espectador da violência que está prestes a ser cometida), conferem personalidade à produção Corra, Querida, Corra, que é uma grata surpresa para o gênero.

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