A Estrela de Belém
A Estrela de Belém narra a história do nascimento de Jesus, mas de um ponto de vista completamente diferente. Nessa animação dirigida por Timothy Reckart os personagens são personificados como animais e é assim que conhecemos o burrinho Bo, que sonha em estar em uma comitiva real, mas no momento trabalha em um moinho, e seu melhor amigo, Davi, uma pomba, que embora possa voar para onde quiser, não quer fazer isso sem Bo.
Depois de muito tramar, Bo finalmente consegue escapar do moinho e fazer novos amigos enquanto segue uma estrela no céu, um ponto brilhoso que levará todos até a casa de dois recém casados que são justamente, Maria e José, fazendo com que essa turma participe da história do primeiro natal.
Em meio a demonstrações de amizade e coragem, o filme não oculta sua intenção de falar sobre a religião católica, mas não utiliza a animação como veículo de promoção, o que poderia não só se tornar tendencioso, mas também maçante. Dessa maneira, o longa soa como uma história e não como um panfleto.
É interessante observar no filme que embora os animais se comuniquem entre eles e que nós, telespectadores possamos entendê-los, os humanos do filme não entendem o que os animais falam. Algumas das cenas mais engraçadas são as de animais tentando se comunicar com humanos, pois elas são mostradas tanto do ponto de vista dos animais, quanto dos humanos.
O filme tem um vasto elenco de animais simpáticos e fofinhos (uma ovelha, os camelos dos rei magos, um égua cantora, uma vaca meio impaciente, entre outros), que dão um pouco de graça para o filme, mas as piadas do roteiro não são tão divertidas e o longa arranca poucas risadas, mesmo Davi, que é claramente o alivio cômico, não é tão engraçado.
A animação é bonitinha e bem feita, mas um pouco diferente das animações atuais, o que não é necessariamente ruim, só pode parecer estranho aos olhos dos dias de hoje. Como o público alvo são as crianças, a escolha de animais como protagonistas é uma boa, pois é mais provável que eles agradem o público infantil e dessa maneira, uma história que poderia ser parada ou maçante, se torna muito mais atrativa.
Embora o filme não seja um musical, tem algumas musicas que tocam ao fundo bonitas e bem arranjadas, mas que por algum motivo não foram traduzidas, talvez se estivessem em português, seriam mais tocantes para o público.
De uma maneira geral, A Estrela de Belém é um filme mediano, funciona, mas não é especialmente bom. Ganha pontos por narrar uma história já conhecida de um ponto de vista completamente diferente e por ser um filme leve e até divertido, diferente de outros filmes que narram histórias bíblicas, mas não é um filme inesquecível.
É um bom filme, que, como você mencionou, tem uma história bem conhecida e dá uma aparência diferente. A Sony fez um ótimo trabalho com seus filmes de animação, a outra vez eu vi Emoji O Filme e fiquei surpreso com o quanto eu gostei. Emoji O Filme é um filme encantador desde o inicio, a historia e sobre todos os personagens são adoráveis. Sempre fui fã do filmes de comedia infantil, eu gosto por que em cada produção procuram incluir uma mensagem e não somente para os pequenos, pois podemos aprender muito destas produções e nos divertir ao mesmo tempo. Não duvidei desde que vi o trailer em que seria um excelente filme.