Tomb Raider: A Origem

Sua lenda começa

Tomb Raider é, originalmente, uma série de jogos criada em 1996. Com a popularidade de sua heroína Lara Croft, a série acabou ganhando filmes e histórias em quadrinhos.

No novo filme da franquia, Lara (Alicia Vikander) é uma jovem que vive sozinha e trabalha como entregadora em Londres. O pai dela, Richard (Dominic West) desapareceu há 7 anos, enquanto buscava a tumba da Deusa da Morte em uma ilha praticamente deserta na costa do Japão. Quando sua tutora (Kristin Scott Thomas) sugere que a moça assine os papéis confirmando a morte do seu pai, Lara acaba encontrando pistas sobre seu paradeiro e resolve procurá-lo.

Tomb Raider: A Origem faz uma escolha inteligente logo de início: esquecer tudo que aconteceu nos outros filmes e dessa maneira, começar uma nova saga. Os fãs antigos tanto do jogo quanto dos filmes já são uma platéia garantida. Por outro lado, as novas gerações que conhecem os jogos mais recentes e talvez nem tenham assistido os filmes da década de 2000 podem se interessar mais facilmente por esse. O filme faz isso com bastante eficácia sendo fácil de compreender mesmo para quem nunca jogou.

Alicia Vikander é Lara Croft no reboot de 2018

Outra opção feita pelo diretor Roar Uthaug, é de contar a história de Lara antes dela virar a personagem durona que nós já conhecemos. Nesse filme, Lara não sabe muito bem o que quer da vida e se demonstra insegura em muitos momentos. O público também conhece a relação de Lara com seu pai, que permeia não só todo o filme, mas também a maioria das decisões que ela toma.

Diferente dos outros filmes da franquia (e de alguns dos jogos mais antigos), a imagem de Lara não é hiper sexualizada. As roupas curtas que eram características do figurino de Lara são substituídas por roupas mais práticas e que parecem plausíveis de serem usadas em uma aventura em uma ilha inabitada, mas que ainda tem a identidade da personagem. Essa ideia combina muito com os dias atuais e o constante pedido de mulheres fortes no cinema, o que o filme também tem de sobra. Não só a própria Lara, que embora jovem e insegura, é forte tanto fisicamente, quanto psicologicamente e se vira muito bem sozinha, seja na cidade grande, seja na pequena ilha, mas também a própria Deusa da Morte, que guia todos os personagens do filme e a tutora de Lara, responsável por todas as empresas da família Croft. Outra característica interessante que segue esses padrões é que o filme não se preocupa com romances, estando mais interessado em nos apresentar quem a protagonista é, sem que as suas relações a definam. A única relação explorada no longa é a paternal.

O roteiro tem alguns momentos de Deus Ex-Machina que poderiam ter sido reduzidos, mas de uma maneira geral, ele funciona e prende a atenção. Claro que o filme é repleto de cenas ligeiramente absurdas, em que Lara passa pelos mais diversos tipos de perigo e mesmo assim, sai praticamente ilesa de tudo, mas essa é uma característica típica de filmes de ação e aventura e mais do que isso, é uma característica de jogos de vídeo game, onde o herói sempre tem uma segunda chance.

Alicia Vikander
Alicia Vikander

Para essas cenas, o filme usa e abusa de muitos efeitos especiais. O telespectador vê cenas de ação no mar, na ilha e até em Londres, e todas elas são bem realistas. Mas quando o filme está perto do seu clímax, ele dá uma freada e não explora todas as suas possibilidades nesse quesito.

De uma maneira geral, Tomb Raider: A Origem como o próprio nome sugere, é uma reapresentação de Lara Croft, nos mostrando como ela se tornou a heroína que conhecemos e dando impulso para que a saga continue a partir desse filme.

Tomb Raider: A Origem entra no circuito brasileiro no dia 15 de Março.

 

Tomb Raider: A Origem

Data de lançamento: 15 de março de 2018 (Brasil)

Elenco: Alicia Vikander, Dominic West, Kristin Scott Thomas

Gênero: Ação, Aventura

Produtora: Warner

Direção: Roar Uthaug

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