Dica de Filme: Darkman, a Vingança sem Rosto
Nesses tempos de Marvel versus DC, pouca gente se lembra do herói criado por Sam Raimi nos idos de 1990 chamado Darkman. Idealizado como uma mistura de Batman, Sombra e o Corcunda de Notre Dame, a história de Darkman surge logo depois de Sam Raimi ter perdido a direção do primeiro Batman para o Tim Burton, em 1989.
Junto do estúdio Renascence, o mesmo que organizou os primeiros Evil Dead e nos trouxe a maravilhosa Ram-o-Cam (aquelas câmeras portáteis que permitiam ao espectador acompanhar os movimentos rápidos dos monstros em direção ao Necronomicon e ao Bruce Campbell), Sam Raimi conseguiu um time de excelentes atores para um filme que é praticamente uma história em quadrinhos live-action. A edição e o corte das cenas é rápido e frenético, a movimentação das câmeras acompanha os movimentos dos protagonistas e até o roteiro ingênuo e direto lembram muito as velhas HQs da Marvel dos anos 80.
Darkman consegue passar com bons resultados pela “Regra dos 15 anos”, que diz que se você assistiu a um filme quando tinha quinze anos e gostou é melhor deixar este filme nas suas memórias e não se arriscar a vê-lo novamente para não se decepcionar.
No filme, o jovem Lian Neeson faz o papel do brilhante cientista Peyton Westlake, que próximo de resolver o enigma de por quê sua pele artificial se liquefaz aos exatos 99 minutos de exposição ao sol, é atacado por gangsters à procura de um memorando capaz de incriminar um chefão da máfia em negociações escusas com a prefeitura. Mas como todos nós sabemos, matar Lian Neeson ou ameaçar seus entes queridos é a coisa mais estúpida de se fazer neste planeta (e em outros planetas também) e ele sobrevive. Deformado, vai juntando os pedaços de equipamento e planejando sua vingança.
Eu sei que o roteiro é piegas, mas relaxe, compre um balde de pipoca e assista que você irá gostar. Hoje, quase 30 anos depois, o filme continua divertido e rápido como uma boa sessão da tarde de super heróis.