Halloween Kills: O Terror Continua

É certo que a franquia Halloween é uma das maiores no ramo de filmes de terror, com legiões de fãs e seguidores, e outubro (mês da festa de Halloween) sempre é a data certa para estrear filmes desse tipo, como o Halloween Kills: O Terror Continua. Este filme é uma continuação do filme Halloween (2018), que foi pensado como uma continuação direta do original feito pelo lendário John Carpenter em 1978, Halloween: A Noite do Terror.

A história de Halloween Kills começa exatamente onde o filme de 2018 termina, se passa na mesma noite e expande os acontecimentos. A clássica personagem Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) está com sua filha e neta, todas as três feridas, indo para a emergência de um hospital próximo, quando veem um carro de bombeiros indo em direção à velha casa de Laurie, onde ela havia deixado Michael Myers (Nick Castle fez o original em 1978 e agora volta na continuação de 2018 e 2021) pegando fogo em uma armadilha forjada para ele. Obviamente que o Bicho-Papão não morre, e é totalmente beneficiado pelos bombeiros que vão apagar as chamas.

Halloween Kills

Daqui em diante o filme retorna ao clássico de 1978 e recapitula a vida de outros personagens que haviam sobrevivido à noite de Halloween 40 anos antes, e que agora terão que encarar o retorno de Myers em plena forma para matar quem estiver em seu caminho.

O filme tem pontos mega positivos ao trazer boa parte do elenco do clássico de 1978, 40 anos depois, tendo que enfrentar a mesma situação nos dias atuais, e isso inclui até o John Carpenter como produtor e fazendo a trilha do filme, grande homenagem ao clássico para os fãs mais hardcore.

Os limites do filme

A produção de Halloween Kills é visivelmente mais encorpada que o filme anterior, obviamente que recebendo a boa aceitação do filme de 2018, houve um engordo na grana para a continuação.

As cenas estão fatais e sanguinolentas como o estilo Slasher pede, mas fica o aviso para pessoas que não estão acostumadas a assistirem filmes nessa linha como eu: o foco nesse tipo de filme não está na lógica da narrativa, da história ou dos personagens, ou na organização desse conteúdo em uma explicação coerente e sistemática para fazer algum sentido no final, o foco é realmente a violência artística e superar esses limites levando o espectador ao extremo, de forma mais inovadora possível. Um amigo me avisou disso e, depois de muito pensar, entendo a forma que o filme é levado para essas situações extremas de facadas, mortes
bizarras e sangue pra todo lado, e este é o foco da produção.

Se você quer uma história coerente e ligada ao real, este não é o filme, pois Michael Myers, como o próprio filme remete, é a personificação do mal, e não um ser humano com limites sensoriais e psicológicos. Mas é uma pena o filme não querer explicar isso de nenhuma forma mais consistente, aí fica aquela expectativa infinita de que Michael Myers terá um fim e, obviamente isso nunca acontece, gerando aquela falsa impressão de realidade no filme. Certamente teremos o terceiro filme dessa franquia nova, e está programado para 2022.