O Enigma de Outro Mundo (John Carpenter’s The Thing), um clássico do terror alienígena
Uma equipe de pesquisa na Antártica é caçada por um alienígena que muda de forma e assume a aparência de suas vítimas.
O clássico definitivo de John Carpenter coloca um inspirado e no auge Kurt Russell em estado de paranoia em instalações na Antártida no começo dos anos 80, quando um grupo de cientistas americanos abriga um cão que na verdade se revela uma criatura que mimetiza outras, assumindo suas formas.
Sem perder tempo, o diretor segue sua linha bruta e crua, não parando para desenvolver background de personagens (afinal, esta não é uma história sobre evolução de figuras humanas, mas um filme de sobrevivência com viés claramente trágico), tocando cada cena com ação e reação, cheio de consequências gore e fantásticas, num belo trabalho de maquiagem e animatrônicos, que ainda nos dias de hoje deixa muito CG no chinelo, expondo esse horror visceral e sem firulas.
O suspense se sustenta somente até a próxima revelação de humano “substituído” (e isso, sequencialmente, numa estratégia que funciona do começo ao fim inevitável), o que sempre gera uma ótima sequência de “purificação”. Afinal, para Carpenter, o fogo tem esse viés purificador, de salvação mesmo, como ele tornaria a fazer em Vampiros, de 1998. Não importa de onde a criatura vem, se do espaço ou das entranhas do inferno, o fogo irá eliminá-la.