O Protetor 2, Denzel Washington faz justiça novamente

Em O Protetor 2 Robert McCall (Denzel Washington) trabalha como motorista (tipo Uber) e ajuda as pessoas com apoio de Susan Plummer (Melissa Leo). Um dia, um rapaz coloca uma mulher em seu carro e ordena que a leve até sua casa. Assim, percebendo que ela foi violentada, McCall resolve ir atrás do tal homem, com a desculpa do cartão de crédito dele não ter sido aceito. Pouco tempo depois, ele descobre que Susan, uma das poucas pessoas que sabe de seus atos como vigilante, foi assassinada.

A sequência de O Protetor (2014) demora para pegar no tranco. Vamos acompanhando Mr. McCall, que continua lendo muitos livros e fazendo justiça com as próprias mãos. Agora ele vive em outra cidade, tem outras pessoas para ajudar, mas basicamente, continua o mesmo do primeiro filme. Gosta de calcular em quantos segundos vai resolver a próxima “treta”.

Apesar de ser um pouco lento, O Protetor 2 tem várias cenas de ação bem executadas, onde o personagem de Denzel Washington usa de muita inteligência para acabar com aqueles que estão em seu caminho no menor tempo possível e claro, sem sair ferido. Para isso, ele precisa de muita estratégia e alguns poucos movimentos.

O Protetor 2

Assim como no primeiro filme, onde Robert ajuda a prostituta Teri e os funcionários de seu local de trabalho, nesta sequência ele também faz boas ações por onde passa, sendo um vizinho muito atencioso e um motorista bem dedicado. Criamos muita simpatia por ele, é inevitável. Sem falar que Denzel está em ótima forma para seus 63 anos. Depois de mais de 50 filmes, essa é a primeira vez que ele repete um personagem.

O problema é que a trama central fica desinteressante da metade para frente do filme. Seria mais legal se o filme fosse todo sobre as ações paralelas de Mr. McCall, mas não é, e chega o momento em que ele deve descobrir o que realmente aconteceu com sua parceira de trabalho, Susan. Aí o filme desanda um pouco.

Mas o filme vale a pena sim, para quem gostou de ver Mr. McCall no primeiro filme, aqui temos mais ação, mais momentos de tensão e além disso, lições de princípios morais e sociais muito importantes. Robert além de fazer justiça contra playboys riquinhos que acham que podem tudo, também salva um de seus vizinhos do mundo das drogas e do crime, incentivando-o a seguir seu sonho de ser artista.

O elenco

O restante do elenco não é muito bem aproveitado. Temos Susan (Melissa Leo), que também estava no primeiro filme; seu marido Brian, interpretado por um Bill Pullman bem murcho; Pedro Pascal como Dave (esse dá ódio) e Ashton Sanders como Miles, o garoto que gosta de desenhar.

“Acho que as pessoas apreciam a ideia, o mito, de que um cara como Robert McCall existe. McCall é uma espécie de anjo das trevas – o anjo que todos desejamos que desça à Terra para servir justiça àqueles que a merecem”, afirma Antoine Fuqua, que volta a trabalhar com Denzel Washington pela quarta vez em O Protetor 2 (The Equalizer 2), seguindo suas colaborações bem-sucedidas em Dia de Treinamento (Training Day), Sete Homens e Um Destino (The Magnificent Seven) e no primeiro filme O Protetor (Equalizer). “Ele encontrou seu propósito, tornando-se um paladino da justiça. Até agora, tem feito isso por estranhos. Mas quando alguém próximo a McCall é morto, ele busca vingança por alguém que lhe é próximo – e por si mesmo”.

O Protetor e O Protetor 2 são baseados na série televisiva criada por Michael Sloan e Richard Lindheim, produzida entre 1985 e 1989 para a rede CBS, com nome original The Equalizer. A série (que Arnold Schwarzenegger é fã) teve 4 temporadas, então possivelmente veremos mais aventuras de Robert McCall nas telonas.