O Protetor, aquela já conhecida fórmula de ação que tanto curtimos

Denzel Washington assume a figura do homem comum, que pega ônibus, anda com sacolas do mercado para casa pela calçada, e lê um livro por dia na mesma mesa de um boteco, com todos os seus TOCs possíveis, sendo também um trabalhador braçal e um cara de grande coração, que sempre busca ajudar a todos (a prostituta a ter mais cultura, ao obeso em conseguir se tornar segurança, etc), com um senso de justiça muito singular.

Denzel Washington é Robert McCall
Denzel Washington é Robert McCall

Depois de assistir a algumas injustiças de maneira passiva, ele resolve assumir as rédeas das situações, voltando a ser a misteriosa entidade que foi no passado (provavelmente algum agente de campo) e se envolve diretamente com a máfia russa, antecedendo Keanu Reeves e seu John Wick em fodacidade e habilidades inumanas para matar, com todo um estilo e sobriedade, temas tão caros para figuras de ação contemporâneos que tem resgatado os ícones oitentistas.

E o protagonista de Denzel é um dos melhores do gênero. Chloë Grace Moretz assume seu lado ninfeta em parte do filme, sendo responsável pelo gatilho da história, enquanto que o desconhecido Marton Csokas veste o manto da figura do principal vilão, que parece construído para fazer frente ao seu antagonista herói, mas o que o desfecho entrega é algo ainda mais improvável.

Chloë Grace Moretz é Teri
Chloë Grace Moretz é Teri

Engraçado notar também como o sempre competente diretor Antoine Fuqua desenha os inimigos: praticamente todos os mafiosos russos e capangas são tatuados. Todos. E suas tatuagens são de demônios e caveiras, para evidenciar ainda mais a maldade intrínseca de suas almas, que poderão ser devastadas pelo agente-comum de Denzel sem peso na consciência, em um enredo brutal e sangrento de bem contra o mal, com boas reviravoltas pontuais.

O Protetor (2014)

Um entretenimento escapista que você já viu antes, mas vai querer ver de novo.

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