Sandman 4: Estação das Brumas
Eu havia me esquecido o quão espetacular era a leitura desse arco de Sandman, Estação das Brumas, de longe o melhor já desenvolvido por Gaiman para a série. Do encontro de seis dos Perpétuos até o desenrolar com Lúcifer no Inferno e os desdobramentos de deixar a Chave daquele local com Morfeus, usando como desculpa para apresentar outras figuras mitológicas (dos mitos nórdicos aos egípcios, passando pelos asiáticos etc), tudo em Estação das Brumas é singular, poético e marcante.
Gaiman no auge prova aqui porque Sandman se tornou um dos maiores clássicos dos quadrinhos, entregando um enredo que era e continua sem igual para o formato. Observe como ele já adianta detalhes que depois veríamos em seus formidáveis contos (do uso de Outubro como alguém, e até de Odin e Loki, mas não somente).
Kelley Jones se destaca como o melhor artista da edição, que ainda apresenta um verde Craig Russell, entre outros. Destaque também para a divertida e criativa brincadeira que o autor faz com todos os envolvidos na publicação, dando falsas e macabras biografias para eles. Aplausos, por favor e de novo.