Velozes e Furiosos 10

Mais do mesmo ainda é divertido o suficiente

Louis Leterrier (que vem se provando um grande diretor de ação desde Cão de Briga, Carga Explosiva, O Incrível Hulk e Fúria de Titãs) assume a bronca dessa vez e mantém o estilo delirante estabelecido pelos seus antecessores, injetando ainda mais adrenalina e sequências marcantes (a do Vaticano se destaca) em Velozes e Furiosos 10.

O roteiro de Justin Lin (diretor anterior) e Dan Mazeau, sem ter o que contar, faz o que a franquia vem fazendo nos filmes mais recentes, pelo menos desde o sétimo: inventar uma reviravolta a cada meia hora, ressuscitar os mortos, tornar vilões em aliados, aumentar a escala de ação sem qualquer fundamento (com novas passagens por um Rio espanhol) e edificar a figura pseudo-trágica de Toretto, nessa busca incessante de Vin Diesel por se tornar messias e mártir ao mesmo tempo. Todos os demais do elenco principal continuam repetindo seus perfis, enquanto as estreias de Alan Ritchson, Daniela Melchior e Brie Larson, chegam com certo carisma, mas pouquíssima relevância.

O destaque mesmo recai sobre as costas de Jason Momoa, que continua replicando a persona de Khal Drogo desde 2011, ainda que aqui seu perverso vilão (criado a partir de uma sutil retcon do quinto filme) misture elementos do Coringa de Heath Ledger, com as afetações do Raoul Silva de Javier Barden em Skyfall. Feito na medida para fãs da franquia, Velozes e Furiosos 10 entrega tudo o que promete, resgata algumas figuras do passado e faz novas promessas para o futuro, sendo a primeira parte de duas (ou seriam três? – a verdadeira resposta é que Velozes e Furiosos nunca mais vai acabar).

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