X-Men: Fênix Negra, mutantes se despedem da Fox
Em X-Men: Fênix Negra, Jean Grey (Sophie Turner) começa a desenvolver incríveis poderes que a corrompem e a transformam em uma Fênix. Agora, os X-Men precisam decidir se a vida de um membro da equipe vale mais do que todas as pessoas do mundo.
A franquia X-Men se despede da Fox com um filme mais equilibrado e muito melhor que o péssimo X-Men: Apocalipse, mas ainda deixando aquela sensação de que poderia ter entregado mais. O novo filme tem como premissa a Saga da Fênix Negra, clássica nos quadrinhos dos heróis mutantes e já adaptada no cinema no horroroso X-Men: O Confronto Final de 2006.
X-Men: Fênix Negra
O filme começa com um flashback mostrando uma jovem Jean Grey no acidente que vitimou seus pais e levou ao seu acolhimento no Instituto Charles Xavier Para Jovens Superdotados. De volta ao presente (no caso o filme se passa em 1992), acompanhamos os X-Men em uma missão de resgate aos astronautas do ônibus espacial Endeavour. Mas algo da errado e Jean Grey acaba atingida por uma suposta tempestade solar. A ação da cena é muito interessante e mostra algo pouco visto nos filmes da franquia que é o grupo atuando como equipe e cada membro ajudando com seus poderes em determinado ponto do resgate.
Ao final da missão, os heróis são recebidos com alegria pela população e Professor Xavier (James McAvoy) é festejado pelo governo americano. Isso é algo que se mostra negativo aos olhos de alguns membros do grupo que entendem mais como uma busca por aceitação de Charles em detrimento à segurança dos membros da equipe enviados na missão.
A trama
Durante a festa na escola Xavier, com participação de uma das mais inúteis X-Men já criadas, Jean sofre um surto. Ela acaba atacando a todos com um golpe psíquico. O poder absorvido no espaço derruba os bloqueios colocados em sua mente pelo Professor Xavier. Assim, ela foge buscando entender seu passado. A trama lembra o filme de 2006, principalmente o primeiro ato. Ali Jean encontra sua antiga casa e ataca os amigos que tentam inutilmente controlar a mutante. Mas ela se mostra incrivelmente poderosa e sem qualquer domínio dos novos poderes.
Nessa parte entram em ação os antagonistas do longa, uma espécie alienígena transmorfa que busca usar o poder da Fênix Negra em benefício próprio. Lembra a trama de Capitã Marvel? Sim. Afinal, esse é o principal problema de X-Men: Fênix Negra. Tudo lembra algo já visto, requentado e colado com algo que você também já viu em algum outro filme.
O que esperar de X-Men: Fênix Negra
O clima inicial do filme até é interessante se mostrando sério e com uma carga emocional muito bem dosada. Jean tenta entender o que se passa com ela e descobre segredos do passado; Mística e Fera questionam os atos do líder Charles Xavier que se mostra um tanto quanto arrogante. Mas, depois disso voltamos aos mesmos vícios da cinessérie. Portanto, lá vamos nós reencontrar o vilão Magneto que se refugiou novamente e sai da aposentadoria em outra cena vestindo o elmo. Ou seja, o vilão panaca que se mostra atencioso e fraternal até conseguir o que quer do alvo.
As cenas de ação são bem competentes, com uso interessante dos poderes dos X-Men. Os efeitos visuais oscilam bastante, mas são ótimos nas cenas da protagonista. Entretanto, bem econômicos com outros personagens. Além disso, o clima de despedida é notável no longa que encerra a parceria da Marvel com a Fox e alguns atores já mostram certo desgaste nos papéis, principalmente Jennifer Lawrence, que ligou o automático e deve ter pedido o mínimo possível de cenas com a maquiagem azul da personagem Mística.
Considerações finais
James McAvoy e Michael Fassbender entregam o esperado, sem novidades; Sophie Turner tem muito mais destaque no longa e consegue se mostrar apenas ok; mas o mesmo não posso falar da atuação sonolenta de Jessica Chastain.
X-Men: Fênix Negra diverte e encerra de forma digna a saga da equipe iniciada pela Fox em 2000 com X Men O Filme e reiniciada em 2011 com X Men Primeira Classe que ainda se mantém como o melhor filme dessa segunda série.