10 Segundos para Vencer, a história de Éder Jofre
O herói do boxe brasileiro
A extraordinária trajetória de Éder Jofre até se tornar um dos maiores boxeadores da história. Um homem dividido entre a paixão pelo esporte e a vida em família. Pai e filho na busca de um sonho, o de ser um verdadeiro campeão.
O filme revela a incrível trajetória de Éder Jofre (Daniel de Oliveira), que desafia seus próprios limites até conquistar seu primeiro cinturão de ouro, em 1961, nos Estados Unidos. Depois de cinco anos de glória, defendendo o título sem sofrer nocaute, em 1966 ele decide parar de lutar para levar uma vida comum. Ou seja, longe dos ringues, mas perto da mulher, Cida (Kelli Freitas), e dos filhos pequenos.
A paixão pelo esporte leva Éder a voltar a treinar com seu pai Kid Jofre (Osmar Prado) e, mesmo após um longo período parado, ele recupera a antiga forma. Assim, conquista mais um cinturão de ouro, em 1973, aos 37 anos. O elenco também conta com Sandra Corveloni como Angelina, mãe de Éder, Ravel Andrade como Doga, seu irmão e Ricardo Gelli como seu tio Zumbanão.
Éder Jofre e seus 10 segundos para vencer
Em 10 Segundos para Vencer conhecemos o pequeno Éder, que a família chama de Edinho, um garoto que gosta de desenhar. Ele admira muito seu tio Zumbanão, um lutador que não segue as regras, bebe demais e se atrasa em várias disputas. Quando o tio se mete em uma briga que o tira das lutas, Edinho então pede ao pai que faça dele um campeão.
Os anos passam e vemos que Éder treina com seu rígido pai, a chaminé ambulante, Kid Jofre. Diante da doença de seu irmão mais novo, Éder resolve se superar para ganhar prêmios e poder ajudar no tratamento de câncer de Doga. O tempo todo podemos ver que Éder fica dividido entre lutar e estudar desenho e arquitetura; lutar ou formar uma família; e ele deve enfrentar muitas dificuldades para conciliar a vida pessoal com o sucesso como campeão mundial, pois com o treinamento sofrido imposto pelo pai, Éder conquista o título mundial na categoria peso-galo.
Uma cinebiografia merecida
“É uma história de amor entre pai e filho – e de um herói nacional, que muitos brasileiros não conhecem”, diz José Alvarenga, o diretor. Éder nasceu em São Paulo, em 1936, e abriu mão do sonho de trabalhar com desenho e arquitetura para seguir a tradição da família de pugilistas. Seu pai, o argentino José Aristides Jofre (1907-1974), conhecido como Kid Jofre, foi um respeitável boxeador, mas se destacou mesmo como o incansável treinador de Éder. “Ele era muito, muito austero, nos períodos de preparação para as lutas. A ternura paterna se revelava só depois que acabava o trabalho no ringue, de forma comovente, como nos momentos em que Kid beijava as feridas do filho logo após uma vitória”, comenta Alvarenga.
Eder está atualmente com 82 anos e é um dos maiores lutadores de todos os tempos. Ele que desafiou seus próprios limites até se tornar bicampeão mundial de boxe. Emocionante e ao mesmo tempo eletrizante, a trajetória de superação é narrada a partir da relação do atleta com seu pai e obstinado treinador, Kid Jofre, que nunca deixou a ternura se sobrepor à austeridade com que conduzia a carreira do filho.
Com cenas muito bonitas e bem iluminadas, o longa também conta com imagens de arquivo e vai agradar aqueles que gostam de boxe, e os fãs de Eder Jofre, que finalmente ganhou uma cinebiografia.