Um Amor, Mil Casamentos – lançamento Netflix
A ironia de caso com o acaso em uma comédia sagaz
A experiência que o longa, Um Amor, Mil Casamentos, de Dean Craig, traz é de uma original mistura de “Feitiço do Tempo” com “Missão Madrinha de Casamento”, ao apresentar diferentes versões de um mesmo dia que se repetem para Jack. Sendo assim, ele terá de lidar com diversas confusões entre uma ex-namorada, seu melhor amigo, um penetra capaz de arruinar tudo e um romance em potencial, na festa de casamento da irmã.
Primeiramente, o elenco afiadíssimo é parte da qualidade dessa produção. Sam Claflin, Olivia Munn, Freida Pinto, Joel Fry, Tim Key, Eleanor Tomlison e outros conseguem dosar gags engraçadíssimas (seja com piadas situacionais, seja com comédia física) e drama fofo em boa medida, o que quase nunca deixa a peteca cair.
Um amor, mil casamentos
O terceiro ato perde um pouco o fôlego, mas não o suficiente para dopar o espectador (como acontece com alguns personagens no principal conflito da trama) e o roteiro ainda fica devendo novas versões do mesmo contexto, apresentando efetivamente apenas duas, o que quase invalida a premissa de repetir a situação.
De qualquer maneira, o forte constrangimento que algumas figuras causam, aliado à forte torcida para que um casal dê certo, à medida que a aflição para que nada saia errado quando está prestes a sair, movimenta os sentimentos do público, enquanto entrega o melhor do humor britânico, aliviando todas as tensões, com originalidade, paixão e, claro, um bom palavrão. O caos e o acaso são o principal casal por aqui e isso só tende a render ótimos momentos!