Aladdin, o desenho da Disney de 1992

O maior filme animado da Disney de todos os tempos consegue sustentar sua poderosa narrativa mesmo nos dias de hoje, com tantas outras produções de qualidade que vieram antes ou depois (como O Rei Leão, Pinóquio, Zootopia, Frozen etc).

Ousado do começo ao fim, o longa dirigido pelos gênios Ron Clements e John Musker respeita as bases da história narrada nas Mil e Uma Noites, com todo o charme característico Disney, mas dando passos além — tanto na violência quanto na malícia, com um protagonista sabiamente pilantra, uma personagem feminina forte, mascotes divertidíssimos (diferente da maioria das outras produções do estúdio), um vilão incrivelmente e elaboradamente perverso e, bem, o Gênio, feito com a mesma genialidade por Robin Williams (ou Márcio Simões na versão dublada, tão ou mais recomendada).

É impressionante como o enredo de Aladdin consegue entreter em todos os aspectos. Nos deixa tenso nas primeiras e nas últimas cenas, nos faz gargalhar, torcer, se apaixonar e até assustar, um misto de emoções embalado por uma trilha envolvente, uma qualidade técnica vistosa e uma história enervante e cativante que jamais deixa seu público cansar.

Revendo Aladdin de 1992 quase trinta anos depois, dessa vez com meu sobrinho de 6 anos (que nem tem ainda a faixa-etária para a sessão), redescobri o poder de uma narrativa bem contada por mãos hábeis. Recomendo sempre.

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