Missão Resgate – Icetruck simulator

“Filmes B de vingança do Liam Neeson” parece categoria de lista de filmes no Netflix, de tanta coisa que sai com o tema. Todo ano chega um, e o desse ano é “Missão Resgate“, uma tradução bem porca de “The Ice Road”, que eles poderiam chamar de “Estrada de Gelo”, e não seria tão ruim e é isso que aparece em 80% do filme mesmo.

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A história é qualquer coisa: tem um acidente em uma mina isolada do mundo e eles precisam urgentemente de um equipamento babaca e pesado para fazer qualquer coisa, sei lá por que eles não tinham um no almoxarifado. Ao invés de pedir pela Amazon e receber em 24 horas como qualquer pessoa normal, eles concluem que a única forma de fazer essa entrega é metendo uns caminhoneiros numa estrada de gelo e mandando eles pra lá, numa rota que o Waze não deve encontrar fácil.

Dada a premissa, o filme vira um road movie com umas voltinhas bestas. O grupo de caminhoneiros encontra altas confusões pelo caminho e isso sem parar em postos de gasolina para usar o banheiro e nem passar por nenhum Graal.

Siga bem, caminhoneiro

Alguém achou a história simplória demais e colocou uns personagens um tanto mal desenvolvidos buscando uns objetivos que não fazem o menor sentido. Deve ter sido para evitar que o filme parecesse um daqueles episódios de série do Discovery Channel sobre profissões perigosas, mas não deu muito certo.

Talvez o filme estivesse parecendo curto demais então também tentaram adicionar um conflito para os mineiros presos, sem muito sucesso. Aí o filme parece se estender demais: ele ainda parece um road movie, mas daquelas viagens de Shrek, que você fica a cada 10 minutos perguntando “Já chegamos? Falta muito ainda?”.

É uma cilada, Bino!

Missão Resgate é uma combinação de fatores bem ruim que resulta em um filme bem fraco, infelizmente. Cansativo, óbvio e extenso, ele não engata em momento nenhum. Parece que ele existe só para suprir a premissa “filme em estrada de gelo” que provavelmente ninguém nunca tinha feito antes, apesar de parecer muito a sinopse do “Era do Gelo” 2 ou 3, não sei qual, faz tempo que eu assisti esses.

E o pior é que nem é uma premissa tão horrível assim. Quem sabe ela se beneficiasse de meia hora a menos (ou uma hora a menos, quem sabe?, custava fazer um curta-metragem?)