Reacher – 1ª temporada
Adaptando da série de livros de Lee Child por Nick Santora (Prison Break), em Reacher acompanhamos um veterano investigador da polícia militar que recentemente entrou na vida civil, vagando de cidade em cidade com o mínimo possível, até que se vê envolvido numa conspiração e assassinatos numa pequena cidade da Geórgia.
Muito acima da média de outras produções de ação recente, esse seriado do Prime Video finalmente retrata Jack Reacher como o autor sempre o descreveu: sendo extremamente largo, com braços compridos e pernas longas. As mãos dele são detalhadas como “perus de Dia de Ação de Graças”, o que basicamente faz dele um ser gigantesco.
Alan Ritchson, com seus quase 1,90m (e que já foi alguns super-heróis na TV, como Aquaman em “Smallville” e Rapina em “Titãs“) e um carisma contido, aliado a uma sagacidade oriunda do texto original, faz do protagonista uma figura fácil de gostar logo de cara, e sua apresentação do piloto contribui muito para isso. “Houve críticas dos fãs do livro porque eles construíram uma imagem muito clara de como Reacher deveria ser”, disse Lee Child ao Metro (se referindo aos divertidos filmes com o pequenino Tom Cruise). “Eu acho que a questão do tamanho é importante para certas partes da narrativa. Reacher tem que assustar as pessoas e você pode fazer isso muito mais fácil sendo como um animal enorme em vez de um ator de tamanho normal”.
Reacher
A bonitinha Willa Fitzgerald (do ótimo sériado de “Scream”) tem sensatez de sobra, enquanto Malcolm Goodwin (de “iZombie”) faz o engomadinho que rivaliza na atuação contra o crime junto de nosso herói improvável. O elenco todo, dos aliados aos suspeitos, das vítimas aos vilões declarados, está muito bem em seus papéis.
O roteiro é redondinho, oferece boas doses de surpresa, excelentes sequências de ação (sim, muito tiro, porrada e bomba), além de uma dose moderada de humor, drama e romance, mas sem jamais perder a mão. O clímax, inclusive, se permite a cafonisse (mais do que bem-vinda aqui) de colocar um subchefe para cada coadjuvante enfrentar em meio ao fogo, enquanto o herói confronta o vilão.
Se o Pacificador é uma tentativa do cinemão brucutu dos anos 1980, Reacher abraça com força essa premissa, em uma série viciante.