13: O Musical
Um musical para crianças
Depois do divórcio dos pais, Evan Goldman (Eli Golden) precisa se mudar de Nova York para Indiana, onde ele não conhece ninguém. Ainda assim, Evan quer fazer um grande Bar Mitzvah e convidar todos os seus colegas de sala. Enquanto lida com as dúvidas e dificuldades da idade, Evan tenta se acostumar com a sua nova realidade. 13: O Musical é inspirado no musical de mesmo nome.
Os 13 anos
O grande mote de 13: O Musical, como o título deixa claro, é a idade de seu protagonista e indiretamente dos seus colegas e amigos. O filme acompanha questões bem pessoais, que dizem respeito só a Evan e outras pessoas que podem estar assistindo, e questões que são comuns entre os pré-adolescentes e que podem gerar uma identificação da plateia nessa faixa etária.
Evan tem 13 anos e está animado para seu Bar Mitzvah, mas seus pais se divorciam um pouco antes e ele precisa mudar de Nova York, a cidade que conhece e adora, para Indiana, uma cidade do interior que ele detesta e onde não conhece ninguém. Naturalmente, Evan deixa todos os seus amigos para trás e precisa fazer novos amigos na nova cidade.
O divórcio dos pais de Evan e a mudança de cidade é uma forma de dar um pontapé inicial à trama do filme, que pretende tratar de assuntos um pouco mais universais. Entre os tremas de 13: O Musical estão a dificuldade de fazer novos amigos, a vontade de Evan de ser popular, as primeiras paixões, os primeiros beijos, os primeiros namoros, mas também os ciúmes e as brigas entre amigos e namorados.
Nesse aspecto, 13 é um filme que traz à tona questões as quais é possível se identificar, mesmo que você não tenha mais treze anos, afinal, também passou por essa fase, mas o filme tem alguns problemas que atrapalham o resultado final.
As relações pessoais
Muita da trama é baseada nas relações pessoais que se dão entre os personagens, o filme não tem muitas reviravoltas ou momentos impactantes, a ideia é retratar a vida desses pré-adolescentes comuns mesmo. Existe a relação de Evan com os pais e também a relação de seus pais, que estão se divorciando.
Mas também existem as relações que se dão entre Evan e as outras pessoas da sua idade. Assim que chega em Indiana, Evan fica amigo da vizinha, Patrice (Gabriella), mas quando as aulas começam ele descobre que Patrice é uma espécie de excluída e, embora goste dela, não se sente muito confortável em manter a amizade.
Além disso, o filme também se ocupa dos outros alunos, como por exemplo, Brett (JD McCrary) e Kendra (Lindsey Blackwell), que gostam um do outro e querem dar seu primeiro beijo, mas enfrentam o ciúme da melhor amiga de Kendra, Lucy (Frankie McNellis), que também está apaixonada por Brett. Evan é o denominador comum de todas essas histórias, uma vez que ele sabe o que está acontecendo na escola e muitas vezes está envolvido nas tramas.
As músicas
Como 13: O Musical é inspirado em uma peça, várias das músicas que fazem parte da trilha sonora também estão presentes no filme, mas além disso, três músicas foram escritas especialmente para o longa, que são I’ve Been Waiting, The Bloodmaster, It Would Be Funny. Já entre as faixas que já fazem parte da peça estão 13, The Lamest Place in the World, Getting Ready e Tell Her.
Os números musicais aqui representam os sentimentos dos personagens e se dão, na maioria das cenas, na escola, que é o ponto em comum entre todos esses pré-adolescentes. As músicas, de uma maneira geral, são bem bobinhas, mas fazem sentido dentro do musical, uma vez que os temas são as questões da pré-adolescência e que o filme parece visar o público mais jovem.
Aspectos técnicos de 13: O Musical
É óbvio que o filme parte de uma ideia diferente, já que a maioria dos musicais retrata pessoas mais velhas e, consequentemente, problemas e questões de pessoas mais velhas. 13, por outro lado, parece querer explorar duas fronteiras: os pré-adolescentes, que se reconhecem na trama, e os pais deles, que eventualmente assistiriam ao musical com seus filhos, o que acontece especialmente no caso da peça de teatro.
Mas o filme erra no tom, ele é infantil demais. Um adulto, por mais que consiga entender que não é o público alvo da trama e que se reconheça em alguma medida pelas experiências que aparecem em cena, possivelmente vai se sentir entediado. 13: O Musical, no final das contas, é um filme chatinho.
As músicas, que costumam ser um dos pontos mais importantes de um musical, são bem bobinhas e esquecíveis, é difícil apontar alguma música do filme depois que ele terminou.
No entanto, é preciso ressaltar que o elenco infantil é muito bom, tanto na atuação, quanto no canto e na dança, isso é realmente uma das poucas coisas vagamente interessantes aqui.
13: O Musical é uma boa ideia, que em função do seu tom infantil demais, soa completamente desperdiçada. O filme está disponível na Netflix.