A Justiceira, ação com Jennifer Garner
Riley North (Jennifer Garner) tinha uma vida tranquila no subúrbio, ao lado de seu marido, Chris (Jeff Hephner), e de sua filha, Carly (Cailey Fleming). Na noite do aniversário de dez anos da menina, Riley presencia o assassinato de sua família. Apesar de seu testemunho, os criminosos são inocentados. Assim, consumida pelo desejo de justiça – não cumprida pelo sistema corrupto de policiais e juízes –, ela transforma sua raiva em motivação pessoal. Durante anos escondida, aperfeiçoa sua mente, corpo e espírito para se tornar “A Justiceira”.
A Justiceira
O filme começa com Riley lutando com um homem dentro de um carro. Assim que o rende, ela diz: “Você não se lembra de mim?”. Conhecemos então, a Justiceira, uma mulher que vive em um bairro de periferia e que faz justiça com as próprias mãos. Quando duas crianças do bairro deixam um presente para ela em sua van, somos transportados ao flashback que mostra o que aconteceu com sua família.
Era aniversário da filha, e ninguém tinha ido à sua festinha. O marido tinha acabado de cancelar um esquema de roubo. Os três foram ao parque curtir a noite. Porém, o traficante que seria roubado por Chris e um colega ficou sabendo dos planos e mandou matar os infelizes. Assim, Riley presencia a morte do marido e da filha, sendo atingida também.
Não existe justiça
Após sair de um coma, Riley identifica os suspeitos e participa do julgamento. Porém, o sistema é corrupto. Os bandidos são soltos, o juiz parece comprado e ela é encaminhada para um programa de saúde mental. Obviamente, ela consegue fugir e a partir daí, se transforma na justiceira.
Logo que se uniu ao projeto, Garner iniciou um treinamento intensivo de fortalecimento corporal e desenvolvimento de habilidades. Diariamente, durante horas, a atriz dedicou seu tempo a aulas de boxe, krav maga, musculação, condicionamento físico e dança. “Eu cresci como dançarina e acho que é por isso que a ação faz tanto sentido para mim, é tudo coreografado e usando um método baseado na dança, que funciona muito bem para as cenas de luta”, explica Garner.
É ação que vocês querem?
Além do condicionamento físico, ela passou um tempo com os membros da marinha americana para melhorar suas técnicas táticas e de manuseio de armas. “Eu tinha uma compreensão básica de como usar uma arma e trocar a munição, mas já fazia muito tempo”, conta a atriz, que aprendeu a manejar armas para seu papel em O Reino, de 2007.
A Justiceira é um filme completo de ação. Tem armas, bombas, perseguições, mortes elaboradas. O roteiro não fica devendo referente ao passado de Riley e sua família. Porém, há alguns clichês, normal. Como o momento de identificar os suspeitos, que pareceu muito fácil, visto que todos eles tinham tatuagens no rosto. Há também a conspiração para que Riley não saia sem enlouquecer dessa história, onde o juiz é comprado, o advogado tenta comprá-la, etc.
Mas é claro que nossa protagonista é mais forte que tudo isso e nos entrega uma atuação forte. Mesmo com os clichês, o filme não é ruim, só é mais do mesmo. Lembrou aquele Desejo de Matar com Bruce Willis (2018) ou com Charles Bronson (1974). Afinal, vingar a morte da família a qualquer custo é uma premissa bem explorada no cinema.
Jennifer trabalhou em conjunto com sua dublê, Shauna Duggins, que a apoiou em tudo. Garner conta: “Shauna tem sido minha dublê há quase vinte anos e é uma das minhas amigas mais próximas. A menos que a cena seja um atropelamento ou cair das escadas, o que ela nunca me deixaria fazer, ela ficou ao meu lado dando instruções e me ajudando a fazer todas as coisas malucas. Então o que será visto na tela sou realmente eu. Espero que o público pegue um grande balde de pipoca no cinema e aproveite”.
A Justiceira
Nome original: Peppermint
Elenco: Jennifer Garner, John Gallagher Jr., John Ortiz, Juan Pablo Raba, Annie Ilonzeh, Jeff Hephner
Direção: Pierre Morel
Gênero: Ação, Drama, Thriller
Produtora: Huayi Brothers, Lakeshore Entertainment, STXfilms
Distribuição: Diamond Films