Parque do Inferno, um terror adolescente
Os amigos Natalie (Amy Forsyth) , Brooke (Reign Edwards), Taylor (Bex Taylor-Klaus), Gavin (Roby Attal), Asher (Matt Mercurio) e Quinn (Christian James) resolvem passar o Halloween em uma “noite do terror” de uma atração local chamada Parque do Inferno. Então tudo está divertido, até que Natalie nota que um estranho homem com uma mascara está os seguindo o tempo todo.
Típico filme de terror adolescente
A sinopse o visual de Parque do Inferno remetem diretamente ao filme Pague Para Entrar, Reze Para Sair (1981), e os dois filmes são bem parecidos de fato. Para começar, Parque do Inferno segue mais ou menos os mesmos clichês de todos os filmes de terror adolescente: Natalie é uma garota certinha que vai passar um tempo com sua amiga, que é mais atirada. Então ela é apresentada a Gavin, amigo do namorado de sua amiga. Uma vez no parque, os amigos encontram um daqueles assassinos que conseguem estar em todo lugar ao mesmo tempo e que parece nunca se ferir.
Mas embora o filme utilize muitas dessas técnicas, ele também procura desmentir algumas delas. Por isso, nem tudo no longa é óbvio para os fãs de terror.
O novo “Pague para entrar, reze para sair”
O filme tem sim seus bons momentos. Logo no começo, ainda nos créditos iniciais, alguns sons sinistros são inseridos, dando a impressão de que eles vem da sala de cinema e não do filme. Isso pode deixar o espectador já no clima do filme. O parque em si, também é muito interessante. Ele é repleto de brinquedos e atrações, todas assustadoras, que parecem divertidas.
Como o parque tem vários ambientes, o espectador vê diversas imagens que remetem ao terror, e que são muito diferentes entre si. Então, em alguns momentos vemos uma sala repleta de bonecas; em outras um açougue com diversos corpos pendurados; e até uma sala cheia de máscaras.
Outra coisa interessante é que o parque é cheio de pessoas fantasiadas, como nas Noites do Terror do antigo Playcenter. Algumas delas são visitantes e outras até trabalham no parque. Por isso, o assassino, que também está mascarado, passa despercebido em muitos momentos. Assim como seus ataques, que em diversas horas parecem apenas mais uma atração encenada. Isso dá uma certa liberdade ao assassino, e claro, ao roteirista.
Parque do Inferno é um terror típico, sem muita novidade, que recorre aos sustos que deveriam ser inesperados, mas que, acabam sendo óbvios, para assustar a plateia.
A Produção de Parque do Inferno
O filme é relativamente bem produzido. Os efeitos, especialmente os que envolvem sangue e violência, são convincentes. Embora as mortes em si não sejam nem um pouco realistas, o que prejudica o filme. O elenco desempenha bem seus papeis, mas não tem nenhuma performance que chame a atenção especialmente.
O que se sobressai no filme é certamente a direção de arte, que é responsável pelo visual do parque, que é muito legal e pelas fantasias e maquiagens das pessoas que circulam por lá.
Parque do Inferno não é um grande filme de terror, mas funciona como um filme de terror adolescente, que pode agradar o público alvo. O filme tem seus momentos interessantes, e consegue segurar o espectador, mesmo aqueles que conhecem as artimanhas do terror, por um tempo.
Parque do Inferno entra em cartaz no dia 22 de novembro.