A Casa do Medo – Incidente em Ghostland
Em A Casa do Medo…
Uma mãe e suas duas filhas estão de mudança para a casa herdada de uma tia. Durante a viagem, uma das irmãs, Beth (Emilia Jones), lê seu mais novo conto escrito. A garota gosta de contar histórias de terror e tem como ídolo H.P. Lovecraft. Já sua irmã Vera (Taylor Hickson) acha tudo isso idiota e fica tirando sarro da irmã. Claramente está morta de ciúmes. Acha que a mãe Pauline (Mylène Farmer) ama mais uma do que a outra.
Na estrada, elas se deparam com um caminhão de sorvete assustador. Pessoas de faces obscuras ameaçam um choque entre os veículos. Mas nada acontece. Aí está o primeiro clichê do gênero. Mas vamos em frente.
Uma casa praticamente abandonada
Durante a primeira noite em seu novo lar, duas pessoas loucas entram no local e deixam Pauline em uma situação em que ela deve lutar para salvar a vida de suas filhas. Quando as meninas sofrem um terrível trauma durante a noite, suas personalidades diferentes divergem ainda mais. Dizem que a filha mais velha, Beth, se tornou uma famosa escritora de horror com família e vida perfeitas em Los Angeles, enquanto sua irmã, Vera, não consegue conviver com os acontecimentos e perde a cabeça diante de um sentimento inabalável de paranoia. Dezesseis anos depois, as filhas e a mãe se reencontram na casa onde Pauline e Vera continuam morando. É então que estranhos eventos começam a acontecer.
O roteiro do longa foi descrito como extremamente obscuro e assustador no estilo de uma história de Stephen King. Temos uma dupla misteriosa de loucos, onde um parece um homem vestido de mulher e o outro um ogro com a cara estragada e mentalidade infantil, porém, violenta. Os sustos não assustam, já estamos acostumados com esse tipo de jump scare, ainda mais com o elemento predominante na casa: bonecas.
O que é real e o que não é?
Para Pascal Laugier, diretor que também assina o roteiro do filme, a produção apresenta perspectivas subjetivas. “Minha primeira intuição foi filmar o mundo dos sonhos de alguém como se fosse uma realidade – uma “realidade” tão vaidosa que nunca poderíamos definir de verdade… Demorei um pouco para encontrar meu estilo. As coisas eram estáticas até que eu disse a mim mesmo que o mundo interior de um personagem poderia literalmente ser o motor narrativo do enredo. Quando me deparei com essa mudança de mentalidade, o roteiro saiu na hora certa. A ideia vital é tratar a subjetividade como normalidade, ao mesmo tempo que a vê como uma realidade, ela é completamente louca e apavorante”, revela.
Após certos acontecimentos, ficamos divididos em um mundo de sonho e um mundo de pesadelo. O filme é interessante por isso, nos fazendo indagar qual dos dois é o real. Com um visual totalmente creepy, A Casa do Medo é um daqueles filmes que precisamos digerir, pois saímos da sala em dúvida se gostamos ou não. Mas vale conferir!
A Casa do Medo - Incidente em Ghostland