A Galeria dos Corações Partidos – Sony Pictures

Comédia romântica leve e divertida

Lucy (Geraldine Viswanathan) é uma jovem que está sempre em busca do amor. Ela trabalha em uma galeria e costuma guardar todas as coisas que a lembram dos seus ex-namorados.

Quando Max Vora (Utkarsh Ambudkar) termina com ela e ela perde o emprego quase em seguida, Lucy decide criar sua própria galeria, com as lembranças dos ex que ela guardou por anos. Para isso, ela se junta a Nick (Dacre Montgomery), que está tentando abrir um hotel e lhe cede um espaço no local.

Quando Lucy menos espera, a galeria começa a fazer sucesso.

Lucy e Nick - A Galeria dos Corações Partidos
Lucy e Nick

A Galeria dos Corações Partidos – Lucy

O filme tem uma protagonista bem interessante e muito bem construída. Lucy é uma jovem adulta, vivendo em Nova York, que deseja ser uma galerista. Ela já trabalha em uma galeria, onde ainda não tem muito poder e onde acaba se envolvendo com um colega de trabalho, Max.

Lucy também tem a sua própria galeria, instalada no seu quarto, que ela decora com várias recordações de ex-namorados. O telespectador logo percebe que Lucy tem muita dificuldade de se desapegar das coisas, uma vez que mesmo depois do término do namoro, ela não consegue se desfazer dos objetos que significaram alguma coisa e, consequentemente, da relação, por melhor ou pior que ela tenha sido.

Um lado positivo de Lucy é que ela não perde as esperanças e continua buscando o amor. Mesmo que ele venha com uma série de decepções.

A Galeria dos Corações Partidos acompanha uma personagem que tem dificuldade em se desapegar
O filme acompanha uma personagem que tem dificuldade em se desapegar

Ela também é bem diferente de outras personagens de comédias românticas, o que é bem interessante. Primeiro, Lucy não está exatamente dentro dos padrões. Ela não exibe um corpo extremamente magro e é mais curvilínea e embora essa não seja uma questão no filme, a atriz Geraldine Viswanathan é de ascendência indiana. Para além disso, Lucy é extremamente divertida e carismática, inclusive nos momentos ruins da sua vida. Isso faz com que o público não só queira acompanhar a sua história mais também torça por ela.

A galeria

O que acontece na trama é que Lucy, que tem uma tremenda dificuldade em desapegar, perde seu namorado e seu emprego na mesma noite. Também é nesse momento que ela conhece Nick, que está tentando montar o seu próprio hotel e que acaba cedendo um espaço para que Lucy monte sua galeria.

Nadine, Lucy e Amanda
Nadine, Lucy e Amanda

Nick é o oposto de Lucy, ele não se apega a nada, e tenta ao máximo não se apaixonar. A galeria de Lucy começa a dar certo pouco a pouco, porque uma coisa que todas as pessoas têm em comum são términos ruins e corações partidos. E é assim que o filme se aproxima da audiência.

O longa retrata várias pessoas que aparecem na galeria dando depoimentos sobre os seus términos, de maneira divertida, mas com a qual a plateia pode se identificar.

Phillipa Soo em cena do filme A Galeria dos Corações Partidos
Phillipa Soo em cena do filme

Comédia romântica

Não existe qualquer dúvida de que A Galeria dos Corações Partidos é uma comédia romântica, no entanto, ela é bem diferente de outros filmes do gênero. O roteiro já soa quase contrário a uma comédia romântica, uma vez que o filme se propõe a falar de términos, mas é justamente por isso que o filme é diferente.

A Galeria dos Corações Partidos usa de muitos clichês do gênero, como a protagonista que está buscando o amor e a cena da mulher que acabou de levar um fora e passa dias na cama tomando sorvete mas, em muitos momentos, ele subverte essas ideias. Lucy pode estar buscando um namorado, mas assim que termina com Max ela resolve se focar no trabalho e realizar seu sonho de ser uma galerista.

O filme é uma comédia romântica com um tom realista
O filme é uma comédia romântica com um tom realista

É por isso que o filme soa como uma comédia romântica para os dias de hoje, uma vez que o gênero por si só já está quase desgastado. A Galeria dos Corações Partidos ainda se preocupa com romance – e com o fim dele – mas também apresenta personagens femininas que se preocupam com suas carreiras, suas amizades e suas famílias, uma protagonista que está relativamente próxima da plateia e conflitos que de fato afetam a vida de jovens adultos, aprendendo a viver sozinhos.

Aspectos técnicos de A Galeria dos Corações Partidos

O filme trabalha no gênero da comédia romântica, mas tem um roteiro relativamente criativo, o que o torna diferente. Começa com um término e se desenvolve a partir daí. Quando ele coloca todos os seus personagens lidando com seus próprios términos, ele se aproxima dos telespectadores e, de uma certa forma, apresenta uma comédia romântica que soa realista, embora não totalmente.

Os signos do gênero já são clássicos e facilmente reconhecíveis, mas aqui eles são muitas vezes subvertidos e o filme não é tão previsível. Ainda temos uma comédia romântica e não há nada de errado com isso, o filme cumpre o que promete e muito provavelmente vai agradar quem gosta do gênero.

O roteiro fala sobre términos e corações partidos
O roteiro fala sobre términos e corações partidos

O longa também soa muito próximo dos dias de hoje. Ele não só tem cenas que mostram aplicativos que usamos, como Instagram, como também traz questionamentos atuais em relação ao feminismo, ao empoderamento feminino e a dificuldade de crescer que parece rondar os jovens das gerações mais novas. Tudo de maneira bem moderada, mas ainda assim, presente.

E o que mais?

A Galeria dos Corações Partidos tem Nova York como cenário, e isso funciona muito bem, é quase como a cidade também fosse um dos personagens, que faz parte da trama e que como seus protagonistas, também se movimenta e empurra a trama para a frente.

O figurino é simples e discreto. As roupas de Lucy, embora bonitas, não são extravagantes, nem chiques, o que torna a trama ainda mais realista e próxima da audiência. Aquele parece o figurino que uma jovem de vinte e poucos anos, que ainda não sabe muito bem quem é ou o que quer, estaria usando.

O longa tem tudo para agradar quem gosta de comédias românticas e quem não é tão fã
O longa tem tudo para agradar quem gosta de comédias românticas e quem não é tão fã

Outro ponto alto do filme é o elenco. Dacre Montgomery se sai muito bem com seu personagem que não quer se apaixonar, mas que como toda a plateia consegue prever, não consegue evitar. Phillipa Sôo e Molly Gordon, que interpretam as melhores amigas de Lucy, também estão ótimas. A amizade das três é retratada de maneira realista e que foge de estereótipos.

O destaque é de Geraldine Viswanathan, que interpreta uma protagonista que soa verdadeira e que é muito carismática e divertida. O público gosta e torce por Lucy.

Com uma temática diferente e uma trama mais próxima da realidade, A Galeria dos Corações Partidos tem tudo para agradar os fãs de comédias românticas, e tem grandes chances de agradar quem não gosta tanto assim do gênero.

https://www.youtube.com/watch?v=g52VwqVHeuQ&ab_channel=TOPTrailerdeFilmeseSeries

A Galeria dos Corações Partidos

Nome Original: The Broken Hearts Gallery
Direção: Natalie Krinsky
Elenco: Geraldine Viswanathan, Dacre Montgomery, Utkarsh Ambudkar, Molly Gordon, Phillipa Soo
Gênero: Comédia, Romance, Comédia Romântica
Produtora: No Trace Camping
Distribuidora: Sony Pictures
Ano de Lançamento: 2020
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