A Princesa
A Princesa é uma grata surpresa, em um filme despretensioso e muitíssimo bem realizado, quase como um John Wick medieval, colocando Joey King fora de sua zona de conforto, onde ela já desce a porrada no primeiro minuto de rodagem, mostrando a que veio nessa sua versão nada convencional de uma princesa (ou tudo o que Valente da Pixar poderia ter sido e jamais foi).
O roteiro usa uma desculpa clichê para construir sua dinâmica e envolvente narrativa, que guarda nas fenomenais sequências de luta e ação seu grande trunfo. E eles são vários, do embate inicial a aquele contra uma versão do Conan, ou então do paladino coberto de armadura dos pés a cabeça, e também a incrível cena da escadaria, mas são várias e listar todas é tirar a graça que o espectador pode ter durante a sessão (por isso, pule o trailer e invista no filme diretamente).
O vietnamita Le-Van Kiet não deve nada a outros diretores do gênero, como Chad Stahelski, Tim Miller e David Leitch e consagra A Princesa como mais um tributo dos bons dentro desse cinemão de ação pipoca, que sabe entregar momentos de pura energia, ao mesmo tempo aliados com bom humor e diversão, acompanhados de uma trilha sonora inspirada e que merecia, mais do que uma mera adição de catálogo, as telas dos cinemas.